Centro da UFMG começa a fazer exame de imagem específico para câncer de próstata

No Novembro Azul, iniciativa oferece mais segurança e precisão na detecção do estágio da doença e na avaliação de recidivas de toda a população

O primeiro exame PET/CT com marcador 18F-PSMA acaba de ser realizado, em novembro, pelo Centro de Tecnologia em Medicina Molecular (CTMM) da Faculdade de Medicina da UFMG. É um exame de tomografia computadorizada específico e de alta precisão, capaz de identificar o local exato e a extensão das células cancerígenas, além de detectar metástase. O método é específico para o câncer de próstata e possibilita uma abordagem de medicina personalizada e de precisão.

Em comparação com o PET tradicional, com 18F-fluoro-deoxi-glicose, realizado desde 2011 pelo CTMM, esse novo método é muito melhor para dirigir o tratamento a um alvo molecular específico, um receptor tumoral. O tratamento sem essa tecnologia é dirigido contra todas as células do organismo. 

“Com a introdução do 18F-PSMA, nós voltamos a reforçar o compromisso do Centro de Tecnologia em Medicina Molecular em continuar desenvolvendo tecnologias responsáveis e de ponta para o diagnóstico oncológico”, afirma o professor Marco Aurélio Romano-Silva, coordenador do CTMM.

Como funciona o marcador PSMA e quais suas vantagens 

O PET/CT com 18F-PSMA permite uma detecção muito mais detalhada e precisa dos tumores, identificando tanto a localização quanto a extensão do câncer. No caso do câncer de próstata, o marcador PSMA (Prostate-Specific Membrane Antigen) melhora a sensibilidade do exame. 

O PSMA é uma glicoproteína. Ou seja, é uma molécula formada pela combinação de proteína e glicose (alimento da célula), e que está presente na superfície das células prostáticas, com alta concentração em células cancerígenas. Como o composto é radioativo ele é captado pelas células prostáticas, permitindo que o PET/CT capture imagens detalhadas de áreas onde células tumorais podem estar presentes. 

Vários estudos mostram a superioridade deste novo exame em comparação com a tomografia computadorizada, ressonância magnética ou cintilografia óssea. 

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Assessoria do Núcleo de Divulgação Científica do CTMM da Faculdade de Medicina da UFMG

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ctmm.medicina.ufmg.br