Mulheres latinas são tema de mostra de treze artistas belo-horizontinas no Centro Cultural
O Centro Cultural UFMG, nesta sexta-feira, 13, às 19h, abre a exposição coletiva Sangre latina, que reúne trabalhos de treze artistas belo-horizontinas relacionados ao imaginário sobre as mulheres latino-americanas. São elas: Barbara Daros, Zi Reis, Adriana Santana, Govinda Navegando, Carol Merlo, Carina Aparecida, Mirele Brant, Daniela Schneider, Luciana Lanza, Marina Takeishi, Noemi Assumpção, Nathalia Falagan e Thatiane Mendes. A visitação, que poderá ser feita até 6 de julho, é gratuita e aberta a públicos maiores de 14 anos.
“As obras reúnem, por múltiplas linguagens que se alternam, matérias de expressão como resistência. Essa resistência e produção ativa se apresentam em caráter de busca espiritual, de manifestação política, de reconexão com a natureza e com os ancestrais personificados muitas vezes nos saberes da bisavó, da avó e da mãe, além de estar na ordem da não submissão aos padrões estéticos”, explicam Carina Aparecida, Govinda Navegando e Mirele Brant.
Com curadoria de Mirele Brant e Govinda Navegando, a mostra reúne 53 obras, que vão de instalações, esculturas e objetos a pinturas, colagens e fotografias, explorando as mais variadas formas de arte. Por meio do olhar de artistas de Belo Horizonte, a “proposta dessa mostra é apresentar a potencialidade das mulheres desse território”, destaca o release do evento.
“Por uma latinidade que se faça espelho das feridas da colonização, refletidas nas fronteiras de nossos próprios corpos. Por uma latinidade que, se preciso, se recuse a ser, na busca profunda e incansável pelas raízes que tentaram enterrar. Por uma latinidade que, em seu emaranhado de limitações e contradições, seja também território fértil para o que criamos e que abrace as múltiplas maneiras de ser, sentir, ocupar e olhar para este território de tantas memórias que habitamos”, completam as artistas.
Sobre as curadoras
Formada em Cinema e Vídeo, Govinda Navegando especializou-se em Direção de Arte e é mestre em Práticas Artísticas Contemporâneas. Professora de Criação de Personagens e Direção de Arte, também é taróloga e esquizoterapeuta.
Bacharel e licenciada em Artes Visuais, Mirele Brant é especialista em Arte e Cultura, mestre em Educação e doutoranda em Linguagens na linha de pesquisa Discurso, Mídia e Tecnologia no Programa de Pós-graduação em Estudos de Linguagens (Posling) do Cefet-MG. Curadora independente desde 2010, já realizou curadorias em Belo Horizonte, Brasília e Buenos Aires, na Argentina, como no caso da exposição La mirada femenina, realizada no Espacio Bolívar.
