Ações da UFMG estão alinhadas ao Programa nacional de popularização da ciência

Universidade instituiu sua política de divulgação científica em 2021 e agora mapeia as atividades desenvolvidas nesse campo

O governo federal publicou, em 25 de outubro, decreto que instituiu o Programa nacional de popularização da ciência (POP ciência). A iniciativa visa estimular a cultura científica no país e a utilização da ciência, da tecnologia e da inovação como ferramentas para inclusão e redução das desigualdades. Segundo a diretora de Divulgação Científica da UFMG, Débora D’Ávila Reis, o decreto do governo federal reforça diretrizes já existentes na Política de Divulgação Científica da UFMG, implementada por meio da Resolução 02/2021. A Política estabeleceu formalmente as diretrizes para a concepção, a estruturação e a prática da divulgação da ciência pela Universidade.

"Já realizamos na UFMG várias ações que vão ao encontro do que está sendo proposto pelo POP Ciência do governo federal. Instituímos, por exemplo, o Comitê para Discussão e Monitoramento da Política de Divulgação Científica (Comdici), que está mapeando as ações de divulgação científica de docentes, estudantes e servidores técnico-administrativos na Universidade", explica Débora, que é professora do Departamento de Morfologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB).

Marco

A diretora de Divulgação Científica da UFMG afirma que o decreto do governo federal vai fomentar iniciativas em todas as áreas do conhecimento, ao mencionar os museus e os acervos históricos e culturais e incluir diretrizes sobre a educação básica, o que o transforma em "um marco importante para a divulgação científica no país”.

Outro ponto de destaque do decreto, em sua avaliação, são as orientações fundamentadas em preocupações relativas à inclusão social, ao fortalecimento da cidadania e à promoção do diálogo como meios de envolver o público no campo da ciência, bem como na promoção do desenvolvimento sustentável. 

“O decreto propõe, ainda, combater a desinformação por meio da educação científica, midiática e digital. Isso é crucial em um contexto global em que a desinformação pode ter consequências graves para a sociedade”, avalia a diretora.

Mapeamento

O mapeamento das ações de divulgação científica citado por Débora Reis está sendo feito por meio do preenchimento do formulário que foi disponibilizado on-line. O trabalho, que é realizado em parceria com a Rede de Divulgação Científica da UFMG, visa estabelecer um conjunto de dados capazes de orientar a elaboração de políticas institucionais dessa temática.

Na avaliação da diretora, o mapeamento tem caráter estratégico, uma vez que busca estabelecer parâmetros para que a comunidade acadêmica compreenda o que caracteriza uma ação de divulgação científica. Nesse sentido, espera-se que a iniciativa ajude a ampliar o entendimento do conceito de divulgação científica dentro e fora das universidades.

"Precisamos entender a divulgação científica para além da difusão do conhecimento. Ela tem que ser encarada não apenas como um processo unilateral. Não se trata somente da academia levando conhecimento à sociedade, mas da academia buscando esse conhecimento fora dela. Divulgação científica envolve diálogo", sentencia Débora.

O formulário reúne 21 questões, cujas respostas possibilitarão identificar, entre outros aspectos, os participantes das atividades de divulgação científica realizadas, as áreas do conhecimento (Engenharias, Ciências Agrárias, Ciências Humanas, entre outras) e as áreas de extensão (Cultura, Comunicação, Meio Ambiente, Saúde, entre outras) em que elas se inserem. 

O levantamento é realizado pelas pró-reitorias de Extensão (Proex), de Pós-graduação (PRPG) e de Pesquisa (PRPq), pelos centros de extensão das unidades acadêmicas e pelo Centro de Comunicação (Cedecom) da UFMG, que promove campanha para divulgar e potencializar a iniciativa.

Assessoria de Imprensa UFMG

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Assessoria de Imprensa UFMG

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