Aluno da UFMG pesquisa resistência a antimicrobianos na Arábia
Com apoio do CNPq, projeto é baseado no genoma Campylobacter jejuni
O estudante de doutorado Lucas Gomes, do Programa de Bioinformática do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG, está na King Abdullah University of Science and Technology (Kaust - Reino da Arábia Saudita) para desenvolver uma parte de sua pesquisa. Com o tema dentificação in silico e validação in vitro/in vivo de alvos terapêuticos e vacinas candidatas contra a resistência antimicrobiana Campylobacter jejuni de origem alimentar (Chamada CNPq Nº 26/2021), o estudo é orientado pelo professor Vasco Azevedo, do departamento de Genética, Ecologia e Evolução.
Lucas vai pesquisar o genoma Campylobacter jejuni, responsável por infecções alimentares e envolvido em casos de gastroenterite transmitida por alimentos, com o apoio de uma bolsa de doutorado sanduíche, financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Mas o interesse maior do pesquisador brasileiro é a resistência do organismo a antibióticos e o fato dele ser considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como alvo prioritário para desenvolver metodologias de tratamento.
Na Kaust, Lucas se integra à equipe do microbiologista ambiental Alexandre Rosado, professor titular da Kaust e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Também professor visitante na UCDavies, na Califórnia, Rosado atua no campo da microbiologia de ambientes extremos e também é especializado em microbiologia básica e aplicada, comunidades microbianas sintéticas, ciência do microbioma e manipulação do microbioma, que, por sua vez, é fonte de novos produtos biotecnológicos.
Seu grupo se dedica ao estudo com microrganismos que sobrevivem tanto no mar vermelho quanto no deserto, tentando desenvolver aplicações que vão de ecologia, à saúde humana e à astrobiologia. Outra estudante brasileira nessa equipe é Isabella Dal’Rio, da UFRJ.
Sobre a Kaust
Fundada em 2009, a Kaust já é considerada um “catalisador de inovação, desenvolvimento econômico e prosperidade social”. Reunindo os melhores pesquisadores do mundo, a instituição tem subido rapidamente nos rankings mundiais, onde pessoas de mais de 120 nacionalidades vivem, estudam e trabalham.Clique aqui para saber mais da instituição.
(Texto de Vitória Alves, bolsista PBext, sob supervisão de Marcus Vinicius dos Santos da Assessoria do ICB)