Arte de narrar a própria vida é tema de oficina do Festival de Verão UFMG
Como contar a história da própria vida de uma forma que seja interessante e prenda a atenção do ouvinte? Esse é o desafio proposto pela oficina Arte narrativa na construção da própria história, que será ministrada pela professora Gislayne Avelar Matos, especialista em arteterapia e psicopedagogia pela Université René Descartes – Paris V, contadora de histórias e idealizadora dos projetos Convivendo com Arte e Noite de Contos.
A oficina é destinada a pessoas com mais de 21 anos, e as inscrições, ao preço de R$ 20, devem ser efetuadas no site da Fundep. Mais informações sobre todas as nove oficinas em oferta nesta edição estão disponíveis na página do evento.
Com o objetivo de estimular a memória, os sentimentos e as crenças das pessoas, a professora vai ensinar os participantes a contar as histórias de suas vidas. Para isso, um dos objetivos da oficina é ajudá-los a definir quais momentos de suas vidas são mais importantes e merecem ser relatados.
“Na Roma Antiga, o costume da adivinhação era comum e se dava por meio da observação do céu. Como o céu é gigantesco, os adivinhadores precisavam delimitar o espaço que seria observado para que os presságios pudessem ser percebidos. Para construir a narrativa da própria história, a pessoa também precisa delimitar o que será contado. Da mesma forma que é impossível observar o céu por completo, é impossível contar a história de uma vida inteira”, explica a professora.
Durante a oficina, os participantes serão estimulados a escolher esses momentos por meio da produção de um mapa com revistas velhas, cartolina, lápis, borracha e caneta, materiais que devem ser levados nos dias da atividade. Além disso, eles devem levar um objeto pessoal com o qual se identificam. Segundo Gislayne, a intenção da atividade é criar metáforas que possibilitem relacionar esses objetos com as personalidades e características dos participantes.
“A associação da pessoa a um objeto de que ela gosta e com o qual se identifica pode ajudá-la a compreender o seu lugar no mundo e a se conhecer melhor”, conclui.