Assassinatos de pessoas travestis e trans são tema de pesquisa premiada da UFMG

Brasil é o país no qual mais se mata trans e travestis em crimes de ódio

O Brasil é o país no qual mais ocorrem assassinatos motivados por ódio a pessoas travestis e trans, de acordo com a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra). A doutora em Comunicação Social pela UFMG Dayane do Carmo Barretos realizou pesquisa na Universidade sobre a temática. O trabalho foi reconhecido na edição 2022 do Prêmio Compós. Em reportagem da TV UFMG, Dayane fala sobre causas e consequências da transfobia e da LGBT+fobia, ao avaliar textualidades:

Apesar de números recordes de homicídios de pessoas travestis e trans no Brasil, não há um censo demográfico oficial que tenha mapeado quantas pessoas LGBT+ vivem no país, em especial, quantas pessoas com identidade de gênero travesti e trans. Para a pesquisadora, a ausência não é aleatória, é intencional: mais uma perspectiva da invisibilização. Além disso, ao analisar as textualidades de notícias jornalísticas e de boletins de ocorrência sobre os assassinatos por ódio de pessoas trans e travestis, Dayane identificou apagamento e opressão: a maior parte dos textos tentava culpar as vítimas, associando-as à criminalidade.

Sendo um preconceito institucionalizado, a superação da transfobia é multidisciplinar e exige atuação do poder público. A autora do estudo premiado destaca a importância de campanhas de conscientização para se perceber o valor extremo das vidas e dos corpos das pessoas travestis e trans. 

Tese: O que resta ao corpo: disputas de sentido em textualidades sobre assassinatos de travestis e transexuais (2021 - defesa)

Autora: Dayane do Carmo Barretos - doutora em Comunicação Social 

Orientadora: Joana Ziller – Departamento de Comunicação Social 

Co-orientador:  Marco Aurélio Máximo Prado – Departamento de Psicologia

Ficha técnica: Pablo Paixão (produção e reportagem), Ângelo Araújo (imagens), Márcia Botelho (edição de imagens), Ruleandson do Carmo e Olívia Resende (edição de conteúdo).

Texto de Ruleandson do Carmo

Fonte

Assessoria de Imprensa UFMG