Aula inaugural na UFMG discute acesso e permanência de pessoas trans na academia
Desde 2014, candidatos travestis e transexuais podem participar do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) usando seu nome social. Na última edição, realizada no ano passado, o número de solicitações quadruplicou em comparação com quatro anos atrás. Discutir a visibilidade e permanência de pessoas transexuais e travestis na universidade é o tema da aula inaugural da Formação Transversal em Gênero e Sexualidade - Perspectivas Queer/LGBTI da UFMG, que será realizada na próxima quarta-feira, dia 26 de setembro, às 17h, no Auditório do Centro de Atividades Didáticas 2 (CAD 2), campus Pampulha.
Com o tema Ingresso e permanência de travestis e transexuais no ensino superior: desafios da institucionalização, a aula contará com a participação de Raul Capistrano, aluno de graduação de filosofia da UFMG; Samara Gabi, técnica-administrativa da UFMG; Fran Demétrio, doutora em Saúde Coletiva e docente da Universidade Federal de Recôncavo da Bahia (UFRB); Adriana Sales, doutora em psicologia, professora da rede estadual no Mato Grosso e integrante da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra); e Beatriz Trindade, aluna de graduação da UFMG.
Para outras informações acesse a página da Formação.
Experiências LGBTI/Queer
De acordo com a professora Joana Ziller, do Departamento de Comunicação Social da Fafich e integrante da comissão que coordena a formação transversal, a iniciativa busca “aproximar estudantes das perspectivas teóricas, políticas e metodológicas organizadas com base nas experiências LGBTI/Queer na contemporaneidade”.
Segundo ela, a iniciativa vem registrando grande procura e, desde que foi implementada em 2017, todas as vagas foram preenchidas. A formação conta com disciplinas de vários campos de estudo, como comunicação social, direito, psicologia, antropologia, ciências do estado, medicina, artes e educação.
Em 2015, a Universidade aprovou o uso do nome social em registros da vida funcional e acadêmica. A medida integra conjunto de políticas inclusivas que visam assegurar o acesso e permanência de transexuais e travestis.