Café Controverso na UFMG debate papel dos museus na preservação e no registro da memória
Parte da programação da 11° Primavera dos Museus, o evento acontece no próximo sábado, dia 23 de setembro, às 11h, no Espaço do Conhecimento UFMG
Debater o papel dos museus na preservação e no registro da memória é a proposta da edição de setembro do Café Controverso, que integra a programação da 11° Primavera de Museus, que, neste ano, tem como tema Museus e Suas Memórias. Participam do debate Letícia Julião, professora de Museologia da UFMG e coordenadora da Rede de Museus da universidade, e Renato Venâncio, professor de Arquivologia e diretor de Arquivos Institucionais da universidade da UFMG. O evento acontece no sábado, dia 23 de setembro, às 11h, na Cafeteria do Espaço do Conhecimento UFMG. A participação é gratuita e tem classificação livre. O Espaço do Conhecimento fica na Praça da Liberdade, 700, Funcionários. Mais informações pelo telefone (31) 3409-8350.
Colecionar, organizar e exibir: muitos são os verbos e funções que vem à mente quando pensamos em museus, das obras artísticas aos documentos históricos. Aspectos importantes dessas instituições, tais atividades são também essenciais para a preservação da memória, além de contar e recontar a história, criando vínculos com o passado e abrindo novas possibilidades para o futuro.
Nem só para o passado vivem os museus
Pode parecer óbvio falar sobre que museus são essenciais para a preservação e a divulgação do conhecimento e da cultura, da atualidade e do passado. Nem sempre foi assim, como esclarece a professora de Museologia da UFMG Letícia Julião. Se, em meados do século 1920, eles foram criticados por movimentos sociais que reivindicavam a sua extinção, as últimas décadas registraram um grande aumento no número dessas instituições. “A globalização trouxe consigo ameaças de perda de referências culturais e identitárias. Na contramão desse movimento, observa-se a descoberta da ideia de museus e centros de memória por grupos que, até há pouco tempo, mantinham-se à margem de processos de preservação do patrimônio e hoje protagonizam experiências para manter suas memórias, manter suas heranças”, conta a pesquisadora.
Entre contradições e mudanças, o professor de Arquivologia da UFMG Renato Venâncio chama a atenção para a relação existente entre os acervos de instituições, como arquivos e bibliotecas, e os museus e centros de cultura. Venâncio, que desenvolve pesquisas sobre a história dos arquivos, comenta que “uma das questões centrais nesse processo é justamente que a maior parte do que denominamos acervos arquivísticos não está em instituições que se denominam arquivos. Mas, independentemente do nome, o importante é que eles sejam mantidos com qualidade”.
11ª Primavera dos Museus
A Primavera dos Museus ocorre anualmente, quando museus brasileiros, convidados pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), desenvolvem uma programação especial. Para essa edição, o Espaço do Conhecimento UFMG preparou uma programação diversificada que também conta com oficinas, percursos temáticos e sessões no Planetário. Para mais informações, acesse o site do Espaço e acompanhe as redes sociais.
O Espaço do Conhecimento UFMG estimula a construção de um olhar crítico acerca da produção de saberes. Sua programação diversificada inclui exposições, cursos, oficinas e debates. Integrante do Circuito Liberdade, o museu é fruto da parceria entre a UFMG e o Governo de Minas. O Espaço está subordinado à Diretoria de Ação Cultural (DAC) da universidade, é amparado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura e conta com patrocínio da Unimed-BH e do Instituto Unimed-BH.