Centro Cultural UFMG expõe fotografias da capital mineira entre as décadas de 1960 e 1970
Mostra Cidade Palimpséstica evidencia as transformações das paisagens urbanas de Belo Horizonte ao longo de sua história; entrada é gratuita
Nesta sexta-feira, 5 de julho, às 19h, será inaugurada no Centro Cultural UFMG a exposição Cidade Palimpséstica, como parte da programação do 51º Festival de Inverno da UFMG. A mostra tem entrada gratuita e poderá ser vista até 4 de agosto. O Centro Cultural fica na Av. Santos Dumont, nº 174, centro de Belo Horizonte. Mais informações pelo telefone (31) 3409-8280 ou pelo site e redes sociais do espaço.
Cidade Palimpséstica traz uma seleção de 113 fotografias de Belo Horizonte realizadas entre as décadas de 1960 e 1970, expostas em formatos variados. Através do material, o visitante poderá perceber as alterações espaciais da paisagem urbana experimentadas pela cidade ao longo da sua história. Essas transformações recorrentes, sobrepostas ao traçado original, estabelecem um contraste entre a cidade projetada e aquela que foi sendo habitada, dando origem a um palimpsesto urbano.
As consequências dessas mudanças serão apresentadas em quatro eixos norteadores, que se dividem entre o Centro Cultural, o Espaço Cultural da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), e as estações da linha de metrô Eldorado-Vilarinho: Palimpsesto; Construir; Habitar e Espaçamentos. Através desses eixos, os visitantes poderão observar o crescimento populacional de Belo Horizonte, o processo de verticalização, o aparecimento de bairros e favelas, os estilos arquitetônicos, as técnicas construtivas e a metropolização, que repercutiram e ainda repercutem na composição espacial e social citadina. Releituras de fotografias antigas ajudarão a aguçar essas percepções.
O módulo Espaçamentos será a atração do Centro Cultural UFMG, e tem como proposta central apresentar como o projeto da cidade de Belo Horizonte foi pensado e executado numa perspectiva de espaçamento, ordenado e circunscrito dentro dos limites da Avenida do Contorno. Além disso, aborda as alterações que o traçado original da capital sofreu à medida que foi se expandindo, principalmente com o crescimento populacional intenso das décadas de 1960 e 1970, que fez com que os limites da Avenida do Contorno fossem extrapolados e novos espaçamentos urbanos aparecessem.
De autoria dos fotógrafos Archimedes Correia de Almeida, Gui Tarcisio Mazonni e Marcos de Carvalho Mazonni, o material exposto em Cidade Palimpséstica compõe o acervo do Laboratório de Fotodocumentação Sylvio de Vasconcellos (Lafodoc), da Escola de Arquitetura da UFMG. A curadoria da mostra é dos alunos do curso de graduação em Museologia da UFMG, sob orientação da professora Verona Segantini, da Escola de Belas Artes (EBA) da UFMG, em colaboração com outros docentes.