Centro de Memória da Fale UFMG inaugura exposição sobre grupos de resistência ao Nazismo
O dia 9 de novembro é conhecido, internacionalmente, como Dia do Destino devido aos vários acontecimentos importantes para a História da Alemanha, que ocorreram neste dia, como, por exemplo, a queda do muro de Berlim, em 1989, o início do Holocausto, em 1938, e a primeira aparição do Partido Nacional Socialista Alemão, em 1923. Assim, não há data mais oportuna para o Centro de Memória da Faculdade de Letras (Cememor-Fale) abrir a sua nova exposição, sob a curadoria do professor Volker Jaeckel, A Rosa Branca: a resistência de estudantes contra Hitler – Munique 1942/1943. A exposição ficará aberta à visitação até o dia 12 de dezembro.
A exposição ficará montada em frente ao Centro de Memória e no hall de entrada da biblioteca da faculdade, até o dia 12 de dezembro de 2017. Para participar da abertura e assistir ao filme, não é necessário se inscrever previamente. Haverá emissão de certificado. Mais informações podem ser obtidas no telefone (31) 3409-5180.
A exposição é fruto de uma parceria entre o Instituto Goethe e a Fundação Rosa Branca, de Munique, e leva o nome de um grupo de resistência criado por seis estudantes da Universidade de Munique, cuja principal ação foi produzir e distribuir panfletos contra o regime nacional-socialista de Adolf Hitler. O nome “A Rosa Branca” foi uma espécie de assinatura de quatro dos seis panfletos distribuídos pelo grupo, por seus amigos e conhecidos que ajudaram a propagar as mensagens contra a ideologia do regime nazista.
Na exposição, os visitantes poderão apreciar os 17 painéis que apresentam a história, as ações e o conteúdo dos panfletos escritos pelo grupo de resistência. Além disso, todos poderão se informar e se conscientizar sobre a importância do grupo e sua coragem em resistir frente a um regime cruel de repressão.
Também no dia da abertura, será exibido o documentário Os resistentes: testemunhas da Rosa Branca, às 19h, na sala 2001 da Faculdade de Letras. Sob a direção de Katrin Seybold, cineasta alemã e diretora de documentários centrados no socialismo nacional, o documentário reúne entrevistas de 14 testemunhas, entre amigos e familiares do grupo de resistência estudantil ao regime nacional-socialista, que vivenciaram suas ações entre junho de 1942 e fevereiro de 1943.
Eles relatam, pela primeira vez em público, seu envolvimento em campanhas informativas, relembram os interrogatórios da Polícia Secreta do Estado (Gestapo) e falam dos julgamentos dos membros do grupo, perante o chamado Tribunal do Povo. As filmagens retratam a relevância de A Rosa Branca, grupo considerado “traidor” pelo nacional-socialismo, assim como o papel fundamental dos estudantes que o originaram.
Serviço
Curadoria: Volker Jaeckel (volker@ufmg.br ou (31) 3409-6033)
Exposição: A Rosa Branca: a resistência de estudantes contra Hitler – Munique 1942/1943