No nono episódio do Podcast Recitais, o Centro Cultural UFMG promoveu um bate-papo com o cantor, compositor e instrumentista mineiro Cliver Honorato, que, desde 2017, tem se dedicado ao cenário da música autoral, após uma longa trajetória tocando como intérprete na noite de Belo Horizonte. As músicas do artista falam muito de si, da forma como observa o cotidiano, a cidade, as relações sociais e de como se comporta no mundo.

Cliver Honorato é neto do saudoso compositor Joel Honorato, músico com forte influência no samba, no período em que o icônico bairro Lagoinha era o reduto da boemia na capital mineira. Apesar de não ter conhecido o seu avô, desde pequeno sempre ouvia histórias sobre ele, cresceu nesse ambiente musical e rodeado dos vinis que ficavam na estante da casa de sua avó. Ele acredita que sua essência e despertar para a carreira musical vêm fortemente daí.

O início na música foi ainda muito jovem, quando começou a cantar e tocar nos bares de BH, mas o seu desejo, a todo o momento, sempre foi tocar nos palcos. Foi então que decidiu romper com o posto de intérprete e se dedicar ao trabalho autoral. Em 2017, lançou o seu primeiro álbum, Cliver Honorato, no qual reúne onze canções de sua autoria que transitam pelo rock, jazz, bossa nova e samba. A partir desse disco, ele teve a oportunidade de se apresentar em vários eventos e festivais, percorreu lugares jamais imagináveis, incessantemente de maneira orgânica e com suas próprias pernas, tendo um resultado extremamente positivo, reforçando ainda mais a sua vontade de seguir e investir nesse caminho.

Cliver estudou violão clássico e música contemporânea durante cinco anos na Fundação de Educação Artística e, em seguida, foi para a Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG) cursar Licenciatura em Música, onde obteve formação em Violão Erudito. Suas influências e sonoridades vêm de diversos estilos musicais e diz que, quando está compondo, acontece de percorrer entre o rock e o baião, habitualmente de maneira fluida e espontânea. “No meu primeiro disco tem desde maracatu e baião, com influência de música de ciranda, passando pelo rock, bossa nova, jazz e samba”, conta.

O artista relata que enfrentou inúmeros desafios ao longo da pandemia e um deles foi realizar shows virtuais que, até então, era completamente novo para ele. Em 2020, juntamente com sua equipe, idealizou o show-live Somos Um, que rendeu três edições em seu canal no YouTube e teve a participação especial de nomes como André Abujamra, Fabiana Cozza, Flávio Renegado, Jane Duboc, Nathalia Bellar, Chus (Suíça), Lídia Brandão (Portugal), dentre outros artistas da cena nacional e internacional. Integrou, ainda, a programação da segunda edição do Festival Som & Fúria, do Galpão Cine Horto.

Recentemente, o compositor iniciou a turnê presencial do show Tríade, em parceria com Jane Duboc, Nathalia Bellar e participação especial de Marco Lobo e Fábio Dornas. A estreia foi no Centro Cultural Unimed, antigo Centro Cultural Minas Tênis Clube. Para 2022, está previsto o lançamento de seu segundo álbum, Indolente Maladragem, que reúne dez canções inéditas e quatro videoclipes. Em seguida, o cantor parte para uma turnê pela Europa com o espetáculo E o que fica?, onde também realizará shows do seu novo trabalho.

Ouça o podcast na íntegra e conheça um pouco mais sobre a trajetória do músico Cliver Honorato: https://spoti.fi/3DwNuPv

Conheça o trabalho do artista em: YouTube, Facebook, Instagram e Spotify.

O Podcast Recitais é um projeto que pretende disponibilizar mensalmente no Spotify conteúdos em áudio relacionados à música. A proposta surgiu para ampliar a programação on-line do espaço, oferecer ao público da internet uma discussão sobre o universo musical, além de dar visibilidade aos artistas, que estão tendo que encontrar formas de se reinventar neste momento de distanciamento social. Os convidados têm espaço para apresentarem seus trabalhos autorais, sejam os que estão começando sua trajetória nos palcos e até mesmo os já consagrados.

Serviço

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