Em comemoração aos 35 anos do Instituto Cultural Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais, o BDMG Cultural, foi inaugurada, em sua galeria de arte, a mostra Não sou idêntica a mim mesma: mulheres no acervo do BDMG Cultural.

A mostra reúne obras de mulheres que expuseram no BDMG Cultural nos últimos cinco anos, em um diálogo com as dezenas de obras dos anos anteriores. Iniciada em fins da década de 1980, a coleção abriga mais de 270 obras. A frase que nomeia a exposição, da poeta Ana Cristina César, em Poema óbvio, funcionou como guia da curadoria, como dispositivo para refletir sobre e apresentar a diversidade da produção feminina no Brasil.

“O feminino aqui apresentado não existe em essência, é um feminino plural em constante construção, que questiona, inclusive, as fronteiras naturalizadas de feminino e de masculino em nossa sociedade. São artes feitas por mulheres cis, trans, que acionam memórias de brasis plurais das diversas regiões de Minas”, ressalta Rita Lages Rodrigues, curadora da exposição, historiadora e professora da Escola de Belas Artes da UFMG.

Núcleos

Quatro núcleos compõem a exposição. Em Arqueologia, são homenageadas as pioneiras, representadas por duas artistas da geração Guignard: Sara Ávila e Solange Botelho. No núcleo Terra, o foco está em cerâmica, pigmentos e barro. O núcleo Corpo e corporalidades mostra a terra transformada pela ação humana criativa não predatória. Por fim, em Múltiplas matérias, múltiplas formas, pinturas, objetos, vídeos e desenhos figurativos e abstratos dão forma à imaginação, ao sonho e à existência plural de mulheres no mundo.

Assista ao vídeo da exposição aqui.