Conferência de pesquisador norueguês na UFMG amanhã aborda o estudo de zoonoses sob o viés da 'saúde única'
O conceito de saúde única, desenvolvido no início dos anos 2000, preconiza que a saúde das pessoas está conectada à saúde dos animais e a do próprio ambiente em que estão inseridos. Já amplamente usado nos campos da biologia e da veterinária, esse conceito surgiu com o objetivo de gerar pesquisas capazes de abordar a saúde das pessoas e dos animais numa perspectiva integrada.
Para tratar desse assunto e da influência das zoonoses na vida das pessoas, a UFMG vai receber nesta terça-feira, 20 de junho, a partir das 14h, no auditório 1 da Faculdade de Ciências Econômicas (Face), campus Pampulha, o especialista norueguês Jacques Godfroid , que ministrará a conferência Doenças zoonóticas sem potencial pandêmico e a necessidade de uma abordagem inovadora baseada no conceito de saúde única. A atividade integra o ciclo UFMG, 90 anos: desafios contemporâneos. A entrada é gratuita e aberta ao público.
Professor da Artic University of Norway, médico e doutor nas áreas de biologia molecular e ciência veterinária, Godfroid construiu sua trajetória acadêmica com ênfase no conceito de saúde única que, segundo ele, "permite que sejam feitos esforços colaborativos, em diversas áreas, para o entendimento e tratamento de zoonoses".
Segundo ele, muitos fatores mudaram o modo como pessoas e animais interagem, provocando o surgimento de novas doenças. "Seis de cada 10 doenças que acometem os humanos são provenientes de animais, e esse conceito nos permite enxergar e entender essa relação", diz ele.
Em entrevista à edição 1982 do Boletim, o professor Godfroid antecipa aspectos de sua conferência.