Crise política e futuro da democracia no Brasil são temas do ciclo de debates na UFMG
“Impeachment ou golpe parlamentar” é o tema do dia 16 de abril; encontros serão realizados até o fim deste semestre
O atual cenário e as perspectivas para a democracia brasileira estão sendo discutidos na UFMG, no primeiro semestre de 2018, durante o ciclo de debates A Crise política e o futuro da democracia no Brasil. Doze debates, programados até junho, são destinados à comunidade acadêmica e ao público em geral, com emissão de certificados. As inscrições deverão ser feitas on-line por meio deste link.
Mais informações podem ser solicitadas pelo telefone (31) 3401-5004.
Dia 16 de abril, às 19h, o tema será Impeachment ou golpe parlamentar? Avaliações e perspectivas da crise da democracia no Brasil, no Auditório Baesse da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG (Fafich), no campus Pampulha.
Além desse assunto, durante o ciclo de debates serão discutidos os seguintes temas: Diagnósticos e caminhos do combate à corrupção no Brasil, Políticas sociais e o futuro da democracia no Brasil e dominação, Retrocessos e resistências: os movimentos sociais na crise da democracia brasileira. Especialistas da UFMG e de outras instituições participarão dos debates.
O ciclo começou dia 3 de abril com a mesa Gênese e explicação do impasse da democracia brasileira.
Inspiração
Para a professora Marjorie Marona, que compôs a mesa de abertura do ciclo, a iniciativa reafirma o compromisso da UFMG com a democracia. Uma das ações que inspirou a proposta do ciclo foi a criação da disciplina sobre o "golpe de 2016" pelo professor Luis Felipe Miguel, da UnB, questionada posteriormente pelo governo federal.
Segundo ela, a proposta do ciclo, um pouco diferente da apresentada pela Universidade de Brasília, é instaurar um espaço de discussão com maior número de perspectivas e que incorpore a participação da comunidade externa. "O episódio com o professor Luiz Felipe estimulou a promoção de debates para contribuir com a construção de alternativas para os problemas que atravessamos. A universidade não pode ser alvo de censura, tem autonomia, deve se posicionar politicamente e estruturar uma reflexão especializada à população”, defende Marona.
O ciclo é uma iniciativa dos grupos de pesquisa Projeto Democracia Participativa (Prodep), Observatório da Justiça no Brasil e na América Latina (OBJ-AL) e do Centro de Estudos Republicanos Brasileiros (Cerbras), do Departamento de Ciência Política da UFMG.