Vida sexual precoce e perguntas inusitadas desafiam pais e professores

Para muitos pais e educadores, conversar francamente com adolescentes sobre sexo pode ser um tabu de difícil transposição. Com o objetivo de auxiliar no processo de educação sexual de jovens, será realizado o curso Como conversar sobre sexualidade com pré-adolescentes, no próximo sábado, dia 15 de setembro, das 8h às 12h, no Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, no campus Pampulha. As inscrições podem ser feitas na página da Fundep.

A formação contará com oficinas e dinâmicas em grupo que proporcionarão uma linguagem lúdica e de fácil aprendizagem. Serão abordadas questões básicas sobre sexo, mudanças hormonais, gestação, aborto, gravidez precoce, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e demais temas correlacionados à área.

Realidade brasileira

Segundo a Organização das Nações Unidas – ONU, a taxa mundial de gravidez adolescente é de 46 nascimentos para cada mil meninas de 15 a 19 anos. No Brasil, esse índice salta para 68,8. O risco de morte materna é 50% maior em gestações de mães com menos de 15 anos. Para a ONU, o nível de escolaridade está diretamente ligado às gestações adolescentes.

De acordo com a professora Gerluza Borges Silva, docente do Departamento de Morfologia da UFMG, além, de provocar queda do rendimento e abandono escolar, a gravidez precoce aumenta o risco de mortes e de infecções sexuais. “A consequência em curto e médio prazo são os impactos já revelados pelo crescimento do número de gravidez na adolescência e a disseminação de infecções sexualmente transmissíveis entre jovens no Brasil”, informa.