Desastre de Brumadinho inspira debate hoje à noite na UFMG sobre saúde do trabalhador
Professores da Universidade receberão pesquisador português João Areosa
Nesta quarta-feira, 24 de abril, às 19h, o Auditório 1 da Faculdade de Ciências Econômicas (Face) da UFMG, no campus Pampulha, sediará o debate Brumadinho: um caso não isolado – análise conjuntural da saúde dos trabalhadores.
A atividade contará com participação do professor do Instituto Politécnico de Setúbal e pesquisador na Universidade Nova de Lisboa João Areosa; do professor do Departamento de Terapia Ocupacional da UFMG e Bruno Bechara Maxta, que é também pesquisador da Fiocruz, e da professora do Departamento de Ciências Administrativas da UFMG Deise Luiza Ferraz. Uma funcionária terceirizada da Vale também participará do debate, com o objetivo de fornecer uma visão interna do trabalho na empresa.
Deise Ferraz explica que desastres como o rompimento da barragem de Córrego do Feijão, em Brumadinho, chamam a atenção também para processos de trabalho adoecedores. "As empresas se organizam de acordo com objetivos estritamente econômicos, sem os devidos cuidados humanos e ambientais." Segundo ela, é preciso problematizar não apenas a irresponsabilidade e a falta de fiscalização, mas também "as contradições das relações entre capital e trabalho, que levam ao adoecimento no ambiente profissional e nos outros espaços, uma vez que as empresas degradam o meio ambiente e, portanto, a qualidade de vida".