Descobertas e tecnologias serão apresentadas nesta semana em congresso brasileiro da área na UFMG
'Novo olhar' impulsiona estudos no campo dos distúrbios neurovisuais
Será realizada nesta quinta-feira, dia 21, e sexta-feira, dia 22 de setembro, a quinta edição do Congresso Brasileiro de Neurovisão – Neurociências da Visão. O evento, destinado a cientistas, médicos e profissionais especialistas no tema, reunirá 16 pesquisadores da área, de diversas instituições do país, em mesa-redonda, conferências e apresentação de pôsteres. A Escola de Engenharia da UFMG, no campus Pampulha, receberá as atividades. O valor das inscrições é de R$40 para estudantes e R$80 para os demais participantes. Interessados devem se inscrever por meio deste link.
Serão entregues certificados de participação, com diferenciação para quem comparecer um ou dois dias. O encontro é promovido pela Sociedade Brasileira de Neurovisão (SBNV) e pelo Lapan. Informações pelo telefone (31) 3289-2035.
Neste ano, o congresso, que tem como temática principal os distúrbios neurovisuais, divide-se em quatro eixos: Neurovisão na bioengenharia, Neurovisão na educação, Neurovisão na saúde e Síndrome de Irlen – distúrbio visuoperceptual causado por desequilíbrio da capacidade de adaptação à luz que provoca alterações no córtex visual e déficits na leitura.
O objetivo do congresso é disseminar e compartilhar resultados de pesquisas e inovações na área e promover conscientização sobre os distúrbios neurovisuais. Novos equipamentos e estudos desenvolvidos no âmbito do Laboratório de Bioengenharia da UFMG, importância da oculomotricidade na educação e traumatismo cranioencefálico estão entre os assuntos a serem discutidos.
Também serão apresentados conceitos, descobertas e tecnologias que se valem de inteligência avançada para os cuidados com a saúde pautados nos chamados 4Ps da Medicina do século XXI: personalizada, preditiva, preventiva e participativa.
Processamento cerebral
A neurovisão é o estudo da visão como processamento cerebral – que ocorre no cérebro e não na retina, a parte do olho responsável pela formação da imagem. Os estudiosos desse campo rompem paradigmas, pois defendem que mesmo as pessoas que apresentam acuidade visual (visão de longe e de perto) normal podem não enxergar perfeitamente.
"O evento é uma plataforma importante para troca de experiências na área e principalmente para mostrar aos profissionais das ciências da vida como trabalhar com essa nova filosofia em relação aos distúrbios neurovisuais. A troca de informações é fundamental para o aprofundamento da neurociência da visão", afirma o pesquisador Douglas Vilhena, coordenador do Laboratório de Pesquisa Aplicada à Neurovisão (Lapan) da UFMG.