Sítio de Saluzinho preserva cultura material e imaterial do Norte de Minas

Uma pesquisa de mestrado da UFMG registrou a história de vida dos agricultores que participam do Programa Sítio de Saluzinho e sua contribuição para estratégias de educação ambiental e valorização cultural do Norte de Minas, compartilhando saberes sobre agricultura familiar, soberania alimentar e tradições rurais com alunos da rede pública de Montes Claros.

A dissertação da pesquisadora Simone Rebouças Martins, da Pós-Graduação em Sociedade, Ambiente e Território, demonstrou que a migração dos agricultores para a cidade não impediu que eles mantivessem o seu estilo de vida camponês e continuassem a produzir alimentos.

Centro de referência
Agricultura familiar, soberania alimentar e conhecimento tradicional. Esses são eixos que orientam parte das temáticas trabalhadas no Programa Sítio de Saluzinho, que alia pesquisa, ensino e extensão no Instituto de Ciências Agrárias da UFMG. Em oficinas, crianças da rede pública de Montes Claros passam parte do dia com agricultoras e agricultores tradicionais e aprendem sobre suas raízes culturais, identitárias e alimentares. 

O Sítio de Saluzinho funciona como um centro de referência da cultura material da agricultura familiar e é desenvolvido em área no campus Montes Claros, reunindo agricultores, professores, alunos e técnicos da UFMG. Desde 2013, o sítio recebeu mais de seis mil estudantes de Montes Claros, número que corresponde a 25% das crianças matriculadas atualmente na rede pública de ensino do município.

O trabalho de resgate da história de Saluzinho é contado na edição desta semana do programa Veredas da ciência, da Rádio UFMG Educativa Montes Claros. A produção é de Amanda Lelis.