Doutoranda da UFMG é premiada por projeto que associa literatura e realidade aumentada
Concurso do MEC destaca ideias inovadoras em educação e trabalho na comunidade lusófona
A doutoranda em linguística aplicada Tâmara Milhomem ficou em segundo lugar no concurso Ideias inovadoras em educação e trabalho, promovido pelo Ministério da Educação (MEC), com o projeto O clube de leitura na biblioteca “viva”: conexões entre a realidade aumentada e a literatura clássica.
Baseado na tecnologia de realidade aumentada – como a experimentada pelos jogadores do aplicativo Pokémon Go –, o projeto consiste em desenvolver com alunos do ensino médio objetos virtuais que dialoguem com livros clássicos trabalhados em sala de aula.
Tâmara é professora de língua portuguesa no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Piauí e desenvolveu o projeto como aprimoramento de um trabalho já realizado no Instituto, o Clube de Leitura, que visa incentivar a leitura entre os estudantes do ensino médio técnico. A nova fase do projeto, que será lançada no próximo semestre, tem a finalidade de criar uma biblioteca “viva” cujo acesso se dá pela realidade virtual.
Interação com espaços de leitura
Apesar de não ser esse o foco da pesquisa desenvolvida por Milhomem no doutorado, o projeto está alinhado com sua tese Objetivo de leitura: um caminho que se perdeu?, que será defendida em outubro. Tâmara investiga se as especificidades de diferentes ambientes de leitura influenciam o cumprimento da sua finalidade, fazendo uma comparação empírica da interação que estudantes de ensino médio estabelecem com textos em diferentes ambientes: biblioteca (espaço de leitura do texto impresso) e laboratório de informática (espaço de leitura dos textos digitais).
Promovido pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, o concurso Ideias Inovadoras em educação e trabalho é aberto a experiências desenvolvidas no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Seu objetivo é incentivar a geração de ideias, a criatividade e a inovação na educação profissional, além de compartilhar esses conhecimentos entre lusófonos. O projeto desenvolvido por Tâmara Milhomem ficou em segundo lugar na categoria Relação entre o ensino médio/secundário e o ensino técnico/profissionalizante.