Em conferência na UFMG escritor Lira Neto fala sobre as origens do samba
Nesta quarta-feira, dia 5 de abril, a partir das 14h30, o auditório Professor Bicalho, na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich), receberá o jornalista e escritor Lira Neto para uma palestra sobre a história do samba, tema do seu último livro, recém-lançado pela Companhia das Letras. O evento integra a série de palestras Encontros com a república, promovida pelo Projeto República da UFMG. Informações pelo telefone (31) 3409-5513 ou pelo e-mail projetorepublica@ufmg.br
O livro Uma história do samba – as origens é o primeiro de três volumes sobre a história desse gênero que “surgiu da mistura das batidas dos cultos afro-brasileiros com a polca, a habanera e outras danças importadas, no qual festa e agonia se digladiam de modo intermitente”, como descreve paratexto do volume.
O recorte temporal da primeira parte da obra compreende o fim do século 19, quando surge o gênero, no Rio de Janeiro, e o início dos anos 1930, ocasião em são realizados os primeiros desfiles das escolas de samba. Os demais volumes ainda estão em produção.
Em Uma história do samba – as origens, Lira Neto mapeia a incorporação do samba ao imaginário cultural do Brasil a partir da trajetória de músicos como Zé Espinguela, Donga, Sinhô, Pixinguinha, Ismael Silva e Noel Rosa. Em um book trailer, o escritor falou ao site da Companhia das Letras sobre os principais aspectos da obra.
Paralelamente, a editora criou uma playlist com algumas das canções representativas do período estudado pelo escritor neste seu primeiro livro, como Pelo telefone, comumente apontada como o primeiro samba da história.
No segundo volume, Lira Neto vai discorrer sobre a chamada “Época de Ouro” da música brasileira (1930-1945), na qual o samba se institucionaliza como símbolo de uma proclamada identidade nacional. O último tomo partirá desse período para chegar aos dias atuais.
Vencedor de quatro prêmios Jabuti na categoria Biografia, Lira Neto já escreveu sobre a vida dos ex-presidentes Getúlio Vargas e Castello Branco, do padre Cícero Romão Batista, da cantora Maysa Matarazzo e do escritor José de Alencar.