Espaço do Conhecimento UFMG celebra Novembro Negro

Programação mensal do museu será pautada pelas reflexões sobre políticas de ações afirmativas, racismo, inclusão e pertencimento

Novembro é o mês da consciência negra, momento importante para se refletir sobre vários temas e comportamentos que reforçam o racismo. Diante disso, o Espaço do Conhecimento UFMG promoverá uma série de atividades sobre a temática para celebrar a negritude, estimular reflexões acerca das relações raciais e suas diversas dimensões identitárias e promover atividades que destaquem a autoestima e o fortalecimento da identidade racial negra, dentro e fora da Universidade. Confira a programação:

Papo em Pauta

Papo em Pauta do dia 5, sábado, trará o tema Lei de cotas, heteroidentificação racial na UFMG e seus impactos nas identidades raciais - Quem quer (pode) ser negro no Brasil?. A conversa se dará a partir do livro Quem quer (pode) ser negro no Brasil?, do professor Rodrigo Ednilson de Jesus, que é o convidado do debate. Além de atuar como docente da Faculdade de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da UFMG, Rodrigo é presidente da Comissão Permanente de Ações Afirmativas e Inclusão da Universidade.

O evento começará às 10h e será aberto a todos, com entrada gratuita. A moderação será de Zirlene Lemos, assessora de comunicação do Núcleo de Comunicação e Design do Espaço do Conhecimento UFMG.

Demasiado Humano

Também no sábado, às 15h, será realizada uma visita à exposição na Demasiado Humano, focada na diversidade. Quando ouvimos falar em cientistas, astronautas ou professores de reconhecimento público, como geralmente idealizamos essas pessoas? E como aprendemos sobre a ciência e os cientistas? Essas e outras questões serão abordadas no passeio, com apresentação de cientistas que, por fazerem parte de minorias sociais, foram negligenciados ou não recebem os devidos créditos de seus feitos tão importantes para o desenvolvimento da história e ciência do mundo. Serão compartilhadas histórias de pessoas reconhecidas no meio científico e que se afastam do estereótipo de cientista: mulheres, pessoas negras, indígenas, LGBTQIA+ e outros.

O evento é gratuito e não precisa de inscrições prévias, mas será limitado a até 15 pessoas. Os participantes deverão ter a partir de 5 anos.

Sábado com Libras

Histórias da África de A a Z será o tema da edição especial do Sábado com Libras de 12 de novembro, às 14h. Akan, Banto, Yorubá e Zulu são algumas das culturas africanas, plurais em crenças e imaginários, formando este continente tão diverso. Os participantes poderão conhecer a história desses povos e de seus heróis, que inspiram o mundo. Em Histórias da África de A a Z, a atriz e intérprete Dinalva Andrade apresentará as personagens importantes desses povos por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Desde 2015, o projeto Sábado com Libras une pessoas fluentes em Libras e interessados no idioma para encontros e trocas. 

O encontro é voltado para crianças, jovens e adultos, com um limite de 20 pessoas.

Afrocosmo

O céu noturno e os movimentos cíclicos de seus elementos sempre foram usados por diversas civilizações ao redor do mundo para marcar a passagem do tempo e os ciclos regulares da natureza, mas também para expressar crenças e valores culturais. Em Afrocosmo, sessão comentada no Planetário do museu, serão apresentadas as perspectivas de alguns povos africanos, como Zulus, Bahimas e Tabwas, sobre os corpos celestes e as estrelas, além de suas culturas astronômicas. Esta é uma projeção multicultural que parte do olhar de cada uma dessas etnias, relacionando-o com a interpretação astronômica ocidental.

Serão realizadas três sessões: dia 18, às 18h; dia 19, às 16h; dia 20, às 16h. O público deve ter a partir de 7 anos. As vagas são restritas a 65 pessoas.

Educação na Praça

Em edição especial, o Educação na Praça terá como o tema Espelhos Literários: a representação e a representatividade na sala de aula. O evento promoverá um bate papo com a convidada Mara Catarina Evaristo - Makota Mulonji. O objetivo é promover um diálogo balizado pelo letramento racial e comentar sobre literaturas comumente adotadas para o desenvolvimento de projetos, planos e práticas pedagógicas antirracistas, na Educação Básica.  A atividade será acessível em Libras.

Makota Mulonj é professora antirracista, atua como Gerente das Relações Étnico-Raciais na Secretaria Municipal de Educação e co-coordena os Núcleos de Estudos das Relações Étnico-Raciais da Rede Municipal de Educação de Belo Horizonte. É conselheira governamental no Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial da cidade. Seus campos de interesse são infâncias e direito à cidade, equidade/igualdade étnico-racial na educação e práticas pedagógicas antirracistas.

Educação na Praça acontecerá no dia 19, às 14h, e será voltado para educadores em geral, estudantes de licenciatura e demais interessados no tema. O número de vagas é restrito a 25 pessoas, com inscrições prévias por formulário on-line

Oficina Jogos e Brincadeiras Africanas

Em um continente tão grande como a África, são muitos os passatempos que revelam curiosidades dos mais de 50 países que compõem o território. A oficina Jogos e Brincadeiras Africanas, que acontecerá no dia 26, às 15h, terá jogos e brincadeiras africanas presentes no livro Brincadeiras Africanas para a Educação Cultural. Serão quatro brincadeiras e uma música, com o propósito de representar os diferentes jogos que as crianças brincam, misturando-os com curiosidades sobre os países do continente.

O evento é gratuito e não precisa de inscrições prévias, mas será limitado a até 12 pessoas. Os participantes deverão ter a partir de 5 anos.

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Comunicação Institucional do Espaço do Conhecimento UFMG