Estudo da UFMG vai avaliar a realização de procedimentos estéticos e seus efeitos em pessoas com doenças reumáticas
Pessoas com qualquer doença reumática, com pelo menos 18 anos, podem responder ao questionário on-line
Um estudo da Faculdade de Medicina da UFMG está buscando pessoas com doenças reumáticas para responder a um questionário on-line que vai investigar a autoestima, as cirurgias plásticas estéticas mais realizadas por elas, suas principais motivações e os efeitos adversos mais frequentes. Pode participar quem tem mais de 18 anos, que fale português e tenha ou não realizado algum procedimento cirúrgico com fins estéticos.
O questionário está hospedado na plataforma Google Forms e leva apenas 10 minutos para ser respondido. As perguntas abordam algumas questões sociais, questões gerais de saúde, questões associadas à doença reumática e seu tratamento, autoestima e o desejo por cirurgias plásticas estéticas, bem como se já foram realizadas e se ocorreram complicações ou não por causa da doença reumática ou outros motivos. Não é necessário se identificar e os dados terão total confidencialidade.
A professora do Departamento do Aparelho Locomotor da Faculdade de Medicina e coordenadora da pesquisa, Débora Calderaro, explica que a ideia surgiu a partir da percepção sobre a possibilidade de as alterações estéticas relacionadas às doenças reumáticas impactarem a autoestima dos pacientes e, então, o desejo e a busca por procedimentos estéticos, o que pode não ser seguro ou contraindicado para essas pessoas. Ela ainda informa que não há estudos na literatura com essa abordagem.
“Com relação à realização das cirurgias, há pouca informação científica acerca de sua segurança e evolução nesses pacientes, que poderiam ter maior risco de eventos adversos associados à sua doença (inflamatória, autoimune) ou ao seu tratamento (imunossupressor, que predisporia a pior cicatrização e infecções, por exemplo), por isso a necessidade de realizar essa investigação”, comenta a professora.
De acordo com ela, os resultados da pesquisa ampliarão o conhecimento sobre o tema e podem ajudar a melhorar a abordagem sobre a autoestima durante a avaliação clínica rotineira. “Além disso, o melhor conhecimento acerca de possíveis efeitos adversos de cirurgias plásticas estéticas nesse grupo pode motivar mais estudos para avaliar, a longo prazo, a segurança desses procedimentos nestes pacientes”, acrescenta.
A pesquisa, coordenada por Débora Calderaro, também é realizada pelas professoras Rosa Weiss Telles, Cristina Duarte Lanna e Fabiana Miranda Moura, além de estudantes de iniciação científica do Grupo de Pesquisa em Lúpus Eritematoso Sistêmico da Faculdade de Medicina da UFMG.
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