Evento na UFMG aborda "Alfabetização, nome próprio e subjetividade"
Debate no Ceale, no dia 24 de maio, traz reflexões do campo da psicanálise sobre crianças que não avançam na aquisição da escrita
O que impede que algumas crianças aprendam, apesar das estratégias diferenciadas, da mudança de metodologias, professores, projetos e até de escola? O que persiste como impasse na trajetória da criança, na construção da escrita e de outras aprendizagens? Para discutir essas e outras questões, a partir de uma perspectiva psicanalítica, o Ceale Debate de maio recebe a pesquisadora Marlene Machado, que falará sobre o tema "Alfabetização, nome próprio e subjetividade: impasses na aprendizagem". O evento será realizado no dia 24 de maio, quarta-feira, das 19h30 às 21h30, no Auditório Neidson Rodrigues da Faculdade de Educação da UFMG, no campus Pampulha (Avenida Antônio Carlos, 6.627).
As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas por meio de formulário online. As vagas são limitadas. Mais informações pelo e-mail cealedebate@gmail.com ou pelo telefone (31) 3409-5334.
Um dos desafios postos para os alfabetizadores é considerar os vários aspectos que interagem com o processo de alfabetização, uma vez que acreditam que todos os alunos são capazes de aprender. Entretanto, apesar do esforço empreendido, sempre persiste um grupo de alunos desafiando o saber do professor e de pesquisadores, ao não conseguir demonstrar avanços no domínio da base alfabética da escrita.
Para estes casos, observa-se que algo escapa à compreensão do adulto. Então, o que ocorre? O que impede que algumas crianças aprendam, apesar das estratégias diferenciadas, da mudança de metodologias, professores, projetos e até de escola? O que persiste como impasse na trajetória da criança, na construção da escrita e de outras aprendizagens?
Por meio do Diagnóstico Clínico Pedagógico, de orientação psicanalítica, a pesquisa sobre a tríade alfabetização, nome próprio e subjetividade constatou, nos dizeres dos alunos participantes da pesquisa, que há algo do inconsciente que insiste em se apresentar como sintoma de dificuldade de aprendizagem.
A pesquisadora Marlene Maria Machado da Silva é pedagoga, doutoranda do Programa de Pós-Graduação da FaE UFMG, na linha Psicologia, Psicanálise e Educação; Ela é, também, professora do Ensino Fundamental da rede municipal de educação de Belo Horizonte.