Faculdade de Direito da UFMG realiza seminário sobre desobediências e democracias radicais
O II Seminário internacional do grupo de pesquisa O Estado de Exceção no Brasil Contemporâneo recebe propostas de comunicações até o dia 15 de novembro. O evento, que será realizado de 4 a 6 de dezembro, na Faculdade de Direito da UFMG (Av. João Pinheiro, 100), abordará Desobediências e democracias radicais: a potência comum dos direitos que vêm. As comunicações para os grupos devem abordar os temas Desobediência civil, Estado de exceção, Democracia radical e potências (des)constituintes, Biopolítica e o comum, Insurgências: movimentos em rede e cyber-resistência e Decolonialismo e novas epistemologias. As propostas devem ser enviadas para o e-mail desobediencias2017@gmail.com. Mais informações sobre como apresentar as propostas de comunicação estão no site do seminário.
As inscrições para o evento também deverão ser feitas pelo e-mail desobediencias2017@gmail.com. Detalhes acerca das taxas de inscrição e outros dados estão disponíveis neste link. A programação completa e mais informações sobre o seminário podem ser acessadas aqui.
O seminário pretende promover o debate sobre novas formas de direito, economia e política, que fujam ao que está posto pelo cenário institucional. De acordo com o professor Andityas Costa Matos, residente do Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares – IEAT UFMG, um dos idealizadores e organizadores do evento, “o cenário institucional está muito desgastado, e as soluções já não são suficientes para as demandas atuais de inclusão e proteção de grupos fragilizados”. Segundo ele, os debates serão inspirados por pensadores como Giorgio Agamben, Walter Benjamin, Cornelius Castoriadis, Antonio Negri, Michel Foucault, Donna Haraway, Judith Butler, Achille Mbembe e Roberto Esposito.
Novos arranjos
Professor de Filosofia do Direito, Andityas Matos explica que a ideia de desobediência sugere não a burla da lei, por exemplo, mas a busca por potencialidades e capacidades criativas e propositivas. “Quando falamos em democracia radical, estamos nos referindo à democracia horizontal, não representativa. A tecnologia cria novas possibilidades de auto-organização e de tornar a convivência mais efetiva, sem dependência de poderes constituídos.”
Além de Andityas Costa Matos, outros palestrantes confirmados são os professores da UFMG Marco Antônio Sousa Alves (Direito) e Rita de Cássia Lucena Velloso (Arquitetura), Alexandre Fabiano Mendes (Direito/Uerj), Castor Bartolomé Ruiz (Filosofia/Unisinos), Francis García Collado (Ciências Sociais/Universidade Central da Catalunha, Espanha), Guilherme Castelo Branco (Filosofia/UFRJ), Jonnefer Francisco Barbosa (Filosofia/PUC-SP), Moysés Pinto Neto (Direito/ULBRA) e Murilo Duarte Costa Corrêa (Direito/UEPG).