Faculdade de Letras da UFMG recebe exposição em homenagem a Manoel de Barros

A biblioteca da Faculdade de Letras da UFMG recebe a exposição Manoel de Barros: das raízes crianceiras às coisas olhadas de azul, criada pelo Colégio Loyola em homenagem ao centenário do poeta mato-grossense. A mostra vai até dia 31 de outubro e tem entrada franca.

Infância, natureza e reflexões sobre o cotidiano e a existência povoam os poemas do autor, que na exposição foram suspensos por fitas coloridas no teto e distribuídos por outros espaços da biblioteca. Os textos são acompanhados de brinquedos, flores e outros elementos alusivos à obra de Manoel de Barros e podem ser lidos em qualquer ordem.

As fitas coloridas traçam um caminho simbólico na exposição. Cada poema recebe uma cor de acordo com sua temática. De acordo com a curadora Amanda Lopes, professora e assessora de arte, a mostra é dividida em quatro momentos: “A infância foi marcada na cor laranja madura, como aquela que cai da laranjeira quando passou do ponto de ser colhida. O fazer poético, ‘peraltagens’ com as palavras, foi sinalizado de verde. A reflexão de cunho existencial e humano, incompletudes, está presente nos textos com fitas de um vermelho profundo e intenso. Por fim, a fita azul celeste é predestinada a elevar as coisas olhadas de azul, aquelas cujos versos e poemas evocam a subjetividade, a capacidade do eu de dar novo sentido às coisas a partir do olhar”.

A mostra conta, ainda, com agrupamento especial de poemas inspirados nos artistas, desde Picasso e Braque até Van Gogh e Marc Chagall.

O autor
Manoel Wenceslau Leite Barros nasceu em Cuiabá (MS), no dia 19 de dezembro de 1916, e foi um dos nomes mais importantes da poesia brasileira. Sua infância foi uma de suas maiores inspirações como poeta, pois cresceu na pequena fazenda de sua família. Quando adolescente, foi morar no Rio de Janeiro para estudar. Aos 19 anos, escreveu seu primeiro poema – e não parou desde então. Paralelamente a isso, Manoel de Barros tornou-se militante político. Chegou a morar na Bolívia e em Nova York, onde estudou cinema e cultura.

Nos anos 40, voltou ao Brasil, formou-se em Direito no Rio de Janeiro, casou-se e, em seguida, mudou-se para o Pantanal, onde viveu até novembro de 2014. Formalmente, sua obra é considerada pós-modernista, mas com influências da vanguarda europeia. Manoel de Barros recebeu dezenas de prêmios literários, entre os quais dois Jabutis (1989 e 2002), um da Academia Brasileira de Letras (2000) e mais dez homenagens de expressão nacional.


(Com Assessoria de Comunicação do Colégio Loyola)

Agência de Notícias UFMG

Fonte

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Serviço

Faculdade de Letras da UFMG recebe exposição em homenagem a Manoel de Barros

Até 31 d eoutubro de 2016

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