Fórum na UFMG aborda cuidados odontológicos em pacientes com câncer na região da cabeça e pescoço
Evento, que será realizado em dezembro, vai difundir informações sobre prevenção e atenção aos efeitos provocados pela radioterapia
A formação de profissionais de saúde para lidar com os efeitos colaterais da radioterapia na região da cabeça e pescoço em pacientes com câncer será abordado em palestras, mesas-redondas, conferências e apresentações de trabalhos em evento que a Faculdade de Odontologia realiza nos dias 14 e 15 de dezembro. As inscrições podem ser feitas até o dia 10 de dezembro.
Inscrições e mais informações estão disponíveis no site da Fundep (http://www.cursoseeventos.ufmg.br/CAE/DetalharCae.aspx?CAE=8794). A programação do Fórum pode ser conferida na página do evento (http://www4.fundep.ufmg.br/cursos/arquivos/programa%20ii%20forum%20pronto%20hoje.pdf).
De acordo com os organizadores do 2º Fórum sobre cuidados odontológicos para o paciente irradiado em região da cabeça e pescoço, não existe um protocolo universal de prevenção e tratamento para essa modalidade de tratamento. Além disso, os tratamentos nem sempre são eficazes. Assim, o objetivo é difundir informações sobre a prevenção e o cuidado das alterações causadas pela radioterapia e indicar a melhor forma de tratar os pacientes odontológicos com câncer em região da cabeça e do pescoço.
Efeitos
A radioterapia provoca reações como hiposalivação, que influi na defesa do ambiente da boca e predispõe a mucosa oral à inflamação conhecida como mucosite. Também predispõe à cárie por irradiação e a alterações gengivais como gengivite e periodontite, além da candidose, que pode estar associada aos quadros de mucosite. Essas alterações podem levar o paciente a não ingerir adequadamente os alimentos, provocam dor e mal-estar, tiram o sono e, por vezes, impedem a fala. Quando avançada (graus 3 e 4), a mucosite provoca ulcerações que impedem o paciente de se alimentar, levando à adoção da alimentação parenteral.
Esses fenômenos precarizam a qualidade de vida e a autoestima do paciente e, por vezes, levam ao estado de anorexia, o que prejudica sobremaneira o estado geral do paciente e impedem o avanço do tratamento oncológico.