Fundep realiza exposição comemorativa das 50 edições do Festival de Inverno da UFMG
Na entrada, nas escadas e corredores do prédio da Fundep (localizada no campus Pampulha, Unidade Administrativa II), objetos de arte, fotografias, vídeos e os cartazes originais de cada edição relembram a trajetória do Festival de Inverno da UFMG. A homenagem às 50 edições do evento convida a uma viagem pelo tempo passado e permanece até 11 de outubro, das 8h às 17h.
Com a poética e a potência da arte como propulsora de transformação social, o Festival se consolidou como um importante agente cultural da UFMG e, hoje, é considerado um dos maiores eventos de uma universidade pública no país. A Fundep faz parte desta história, com uma parceria de longa data na gestão e desenvolvimento do projeto, e recebe uma exposição documental especial que compartilha uma retrospectiva do Festival de Inverno.
A exposição
A proposta de viajar ao passado e refletir sobre o futuro promove um exercício interessante, especialmente em um contexto em que pesquisas, bibliotecas e museus clamam por atenção e valorização. Contemplar o acervo das edições do Festival é uma oportunidade para refletir sobre uma expressão, uma manifestação, um momento de cada micro época. Finalizando o circuito, os visitantes são instigados a pensar nas mudanças que desejam para o futuro e deixar suas mensagens.
“Mais que repensar o passado, esta exposição é um passaporte sensibilizador para uma viagem futurista. A intenção é que nosso olhar seja direcionado para o que vem pela frente, conduzindo-nos a um novo mundo e novas perspectivas, com seus desafios. Como serão os próximos 50 anos da Universidade, da Fundep, do Festival?”, provoca o presidente da Fundep, professor Alfredo Gontijo de Oliveira, complementando: “afinal, as próximas edições também serão dadas pelas pessoas, por meio da criatividade cultural e da arte transformadora”.
A exposição na Fundep foi iniciativa dos colaboradores da Fundação com o intuito de apresentar à equipe da instituição, que trabalha a cada ano para a realização da iniciativa, a trajetória e relevância do Festival. Ao realizar a gestão do projeto, a analista de projetos Flávia Silva recebeu os materiais e teve a ideia de expor na Fundação. “As possibilidades são infinitas. E, com a equipe, percebemos a oportunidade de compartilhar esta experiência e abrir as portas da Fundep para toda a comunidade. É um orgulho apresentar um pouco a história do Festival, que faz parte da UFMG.”
Valorização da arte e da UFMG
Na inauguração da exposição, o professor Alfredo ressalta a importância da arte em seus aspectos na história, na liberdade e como agente transformador da sociedade. O diretor de Ação Cultural da UFMG, professor Rodrigo Vivas traz a concepção de se pensar na cultura não somente como evento e também lembra que os festivais de cultura da Universidade estão vivos e são para todos. “Temos o Festival de Inverno e o de Verão, que proporcionam atividades gratuitas e diversificadas para que toda a população tenha acesso e oportunidade de viver a arte.”
Também prestigiaram a abertura o vice-diretor e diretor da Escola de Belas Artes da UFMG, professores Adolfo Cifuente e Cristiano Gurgel Bickel. “O Festival de Inverno é um lugar de encontro, diálogo e transformação. Onde acontecem encontros e oportunidades improváveis, impossíveis, fortuitas e nos transformam. E esse é o papel da arte e da ciência: de transformação. O Festival se tornou grandioso, transforma nossa vivencia em memória, trouxe e ainda vai trazer possibilidades incríveis para a Universidade”, diz o professor Cristiano.
A curadoria da exposição é do professor Fabrício Fernandino, coordenador do projeto. “O Festival de Inverno foi criado para ser espaço de diálogo do artista, da arte e dos processos criativos com a população. Ao longo dos anos, a iniciativa se tornou um agente transformador de vocações e de vida, revelando e promovendo importantes expressões e manifestações da cultura de Minas e do nosso país”, relata o professor Fabrício. " A cada ano, o Festival busca a inovação e o que há de mais expressivo na arte contemporânea. Essa trajetória demonstra a necessidade de preservação de eventos dessa natureza e, mais ainda, o reconhecimento de que a cultura e a arte existem para tornar mais humanizada as relações do homem com seu universo de existência. Vida longa ao Festival de Inverno!"