Giulia Souza aborda memória e esquecimento em exposição de fotografias no Centro Cultural UFMG
O Centro Cultural UFMG inaugura a exposição individual Identidades, da artista visual mineira Giulia Souza. A mostra reúne fotografias de algumas das vítimas que foram mortas ou desaparecidas durante a Ditadura Militar, criando uma narrativa de lembranças, afetos e morte. O evento de abertura será no dia 4 de outubro, sexta-feira, às 19h. As obras poderão ser vistas até 3 de novembro de 2024. A entrada é gratuita e tem classificação livre.
Identidades – por Giulia Souza
Além de lembrar ou recordar, esquecer também desempenha um papel igualmente significativo. Esquecer faz parte de uma memória saudável, é como se o cérebro estivesse fazendo uma triagem do que é relevante e necessário ser retido.
A memória não é apenas um devaneio, é um processo que exige esforço. Após refletir sobre isso, podemos nos questionar sobre o que seria de nós sem a capacidade de lembrar. Seríamos capazes de realizar nossas tarefas diárias, estudar ou simplesmente voltar para casa regularmente? Ou teríamos que aprender tudo novamente a cada dia?
“Identidades” aborda o tema da memória e do esquecimento. A exposição apresenta fotografias de algumas das vítimas que foram mortas ou desaparecidas durante a Ditadura Militar, com seus rostos cobertos por manchas pretas, simbolizando o ocultamento das pessoas que foram silenciadas de maneira brutal. Essa cobertura também representa a tentativa de ocultar a história por muitos anos, privando as gerações futuras da oportunidade de entender o que aconteceu ao longo desse período.
Sobre a artista
Giulia Souza (2000) vive e trabalha em Belo Horizonte. É graduanda em Artes Visuais pela UFMG. Seu trabalho está intimamente ligado à memória e sua pesquisa tangencia questões da formação da identidade, tempo, fragmentos e morte. O desenho desempenha um papel central em sua expressão artística, servindo como um campo de influência em que objetos e elementos espaciais conduzem a experiências específicas de imersão na realidade percebida. Nessa busca por uma compreensão vivencial, o desenho age como um catalisador para a sua percepção tridimensional do mundo. Por meio desses diversos processos, cria interpretações poéticas da paisagem, transformando o ato de desenhar em uma prática sensível e compartilhável que, de alguma maneira, modifica a perspectiva do mundo.
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Serviço:
Exposição Identidades – Giulia Souza
Abertura: 4 de outubro | 19h
Visitação: até o dia 03/11/2024
Terças a sextas: das 9h às 20h
Sábados, domingos e feriados: das 9h às 17h
Espaço Experimentação da Imagem do Centro Cultural UFMG (Av. Santos Dumont, 174 - Centro – Belo Horizonte | MG)
Classificação indicativa: livre
Entrada gratuita