Grupo da UFMG quer conhecer perfil e condições de trabalho dos motoristas de aplicativos
Plataformas, que chegaram a Belo Horizonte em 2014, deflagraram mudanças nas formas de regulação, organização e uso do território
Por meio da aplicação de questionário on-line, o Observatório das Plataformas Digitais (OPD) — programa de extensão da UFMG vinculado ao grupo Continente, do Instituto de Geociências (IGC) — quer conhecer o perfil e as condições de trabalho dos motoristas de aplicativo na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Conforme descrito no texto de apresentação do projeto, as empresas de transporte por aplicativos chegaram a Belo Horizonte em 2014. Desde então, essas plataformas têm deflagrado mudanças concretas nas formas de regulação, organização e uso do território.
“Esse projeto, portanto, vai ao encontro da necessidade de desenvolver uma metodologia científica para conhecer o perfil desses novos trabalhadores, tomando a região de Belo Horizonte como universo estatístico e socioespacial das situações concretas de trabalho desses novos agentes sociais", afirmam os responsáveis pela iniciativa.
Os questionários foram elaborados em conjunto com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), entidade mantida pelo movimento sindical brasileiro.
Os entrevistadores são alunos da UFMG devidamente identificados. A pesquisa é financiada por instituições públicas, sem interesses comerciais ou ligações com empresas privadas.
Sobre o OPD
O OPD objetiva contribuir para o debate das novas relações entre espaço, técnica e informação no século XXI, colaborando para a compreensão das mudanças nos usos, organização e regulação do território, sob o viés dos processos de digitalização das relações socioespaciais.
O Observatório acompanha, sistematiza e divulga pesquisas e informações sobre as plataformas digitais, com o propósito de contribuir para análises científicas e debates públicos sobre os processos, em suas diversas escalas geográficas, com destaque para as novas formas de trabalho.
A precarização do trabalho por meio dos aplicativos de transporte já foi abordada em matéria publicada no Boletim UFMG.