Grupo de Percussão da UFMG comemora seus 25 anos com programação no CCBB e campus Pampulha
Realizado na Escola de Música e no CCBB-BH de 22 a 26 de novembro, a IX Mostra de Percussão
A UFMG promove, de 22 a 26 de novembro, sua IX Mostra de Percussão, que neste ano será especial por comemorar os 25 anos do Grupo de Percussão da UFMG. Com espetáculos musicais diversos, o evento será realizado no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) Belo Horizonte e na Escola de Música do campus UFMG Pampulha. Música e cinema, espetáculos infantis, música experimental e música da tradição popular, todos focados na percussão, são esperados nos cinco dias, com atrações nacionais e internacionais compondo o rol de artistas convidados.
Trata-se da maior vitrine percussiva do Brasil no âmbito acadêmico, com periodicidade anual. A direção artística é assinada pelo professor Fernando Chaib. A Mostra contará ainda com comunicações orais dos alunos do Programa de Pós-Graduação em Música da UFMG da área de percussão, além de Mostra de Instrumentos, master-classes e palestras dos artistas convidados.
Haverá emissão de certificados aos participantes mediante assinatura de lista de presença que será passada nas master-classes. Não é necessário realizar inscrição para as atividades, exceto para a oficina de Emilia Chamone. A maioria das atividades é gratuita. Somente a entrada para os concertos, realizados no CCBB, deverá ser adquirida na bilheteria do espaço.
Confira aqui a programação completa, com locais e horários de realização.
Artistas convidados
Grupo de Percussão da UFMG
Comemorando em 2023 seus 25 anos, o Grupo de Percussão da UFMG foi fundado por Fernando Rocha em 1998. Já se apresentou nos EUA, África do Sul e em diversas cidades pelo Brasil. Premiado, o grupo realiza estreias mundiais e parcerias com artistas nacionais e estrangeiros como Márcio Bahia, Russel Hartenberger (Canadá), Emmanuelle Huynh (França), Greg Beyer (EUA), dentre outros. Sua discografia inclui dois CDs, sendo um deles indicados ao Prêmio TIM. De eclética formação, seus ex-integrantes fazem parte das principais orquestras do Brasil, são professores em importantes universidades e realizam projetos artísticos independentes de cunho popular, experimental e/ou erudito.
O Grupo de Percussão da UFMG é formado por Adélia Cristina, Davidson Inácio, Douglas Rafael, Leonardo, Lucas Davi, Rômulo Santana, Saulo Moraes Valéria Prata e Victor Nascimento. Direção artística: Fernando Chaib. Atriz convidada: Jack Macedo.
Arcomusical Brasil
Olhar de perto, destrinchar a cabaça, a verga, o arame, o dobrão e o caxixi. Desmontar e montar novamente todos os seus sons. Inventar e performar novo repertório para o berimbau, esse instrumento genuinamente brasileiro que nas ruas, praças, metrôs, palcos e terreiros resiste às investidas do tempo. A proposta artística do Arcomusical Brasil é investigar o berimbau sob uma perspectiva musical, sempre respeitando e valorizando sua origem e história de resistência, instigados por sua riqueza timbrística e possibilidades harmônicas, assim como inventar e interpretar um novo repertório para o instrumento nessa formação.
Arcomusical Brasil é formado por Natália Mitre, Breno Bragança, Mateus Oliveira, Zé Henrique Soare Rafael Matos.https://www.arcomusical.com/ptbr/arcomusical-brasil/#
¿Silencie? Coletivo Percussivo
Ir além! Criar! Brincar de falar sério! O ¿Silencie? tem como proposta uma arte inter e multidisciplinar através da música para percussão como base. De encomendas, estreias e primeiras audições a espetáculos infantis, esse coletivo diversifica o seu fazer artístico contando com os renomados percussionistas Bruno Santos, Charles Augusto e Fernando Chaib como pilares do processo criativo. Desde 2022 já ocuparam parques, teatros e centros de cultura de Belo Horizonte, disseminando a arte da música para percussão.
¿Silencie? Coletivo Percussivo é formado por Bruno Santos, Charles Augusto e Fernando Chaib. Ator: Enedson Gomes. Bailarina: Danny Maia. Diretora de cena e roteiro: Kelly de Castro. Direção musical: Fernando Chaib. Música: Hermeto Pascoal. Luz: Rodrigo Marçal. Som: Carlos Fernandes. https://www.instagram.com/sile...
Emilia Chamone (Brasil/França)
Percussionista, etnomusicóloga e educadora musical, Emilia Chamon é doutora pela EHESS/Paris. Na França, trabalhou nos conservatórios parisienses, na Philharmonie de Paris e realizou vários projetos artístico-educativos em festivais. Como percussionista, acompanhou artistas como Hamilton de Holanda, Tabajara Belo, Kerry James, Grand Corps Malade, Karine Huet, Yure Romão entre outros. Na sua prática artística, a transmissão, criação e pesquisa estão interligadas numa única busca: fazer música coletivamente, de forma criativa e viva, sempre enraizada no corpo e ancorada no momento presente.
Gerardo Salazar (Chile)
Salazar desenvolveu a sua carreira musical como solista nos continentes americano e europeu. Tem participado nas orquestras mais importantes do Chile como a Orquestra Sinfônica Nacional de Chile, Orquestra de Câmara Chile e Orquestra Filarmônica de Santiago. No estrangeiro, atuou com a Carnegie Mellon Philharmonic, The River City Brass Band, McKeesport Symphony Orchestra, Mendhelson Choir Orchestra, Orquestra de Câmara de Pittsburgh, Orquestra Sinfónica de West Moreland, Orquestra Sinfónica de West Moreland, Orquestra Filarmónica de Medellín, Orquestra Sinfónica Nacional de Colombia, Orquestra Sinfônica da Colômbia, Orquestra Sinfônica de Rosário e Orquestra Sinfônica Provincial de Santa Fé. Participou consecutivamente nas Semanas Musicais de Frutillar, nos concertos do meio-dia do Teatro Municipal de Santiago e em vários teatros do Chile e do estrangeiro. É timpanista da Orquestra Sinfônica Nacional de Chile, professor de percussão e repertório orquestral da Pontifícia Universidade Católica de Chile e instrutor nacional de percussão na FOJI. Atualmente é endorser das empresas Zildjian, Grover pro-percussion, ProMark Sticks, Evans Head, Mey Chair, Mike Balter Mallets, Mbeat Percussion e Roft Timpani Mallets.
Charles Augusto (Brasil)
Percussionista e mestre em Música, Charles Augusto realiza espetáculos no país e no exterior (EUA, Alemanha, entre outros). Compõe para formações diversas. Responsável por estreias e primeiras audições de importantes compositores contemporâneos. É professor de percussão na UFOP e membro-fundador do ¿Silencie? Coletivo Percussivo.
Felipe Continentino
Continentino é baterista e compositor formado em música popular pela UFMG. Lançou seu primeiro disco solo em 2012. Já trabalhou com grandes nomes da música como Mike Moreno, Toninho Horta, Roberto Menescal, Teco Cardoso, André Mehmari, Mahmundi, Wilson Sideral, Leo Gandelman, entre outros. Em São Paulo, tocou no encontro Internacional de Jazz 2011 (International Association of Schools of Jazz). Já se apresentou em Nova York com Antonio Loureiro Trio e Mike Moreno no renomado Smalls Jazz Club e com Joana Queiroz Quinteto no The Bitter End. Em 2017 lançou o seu novo projeto de música eletrônica, sob o pseudônimo PLIPP, e lançou o disco Ephemeral. No mesmo ano, se apresentou no Rock in Rio. Foi responsável pelas baterias do álbum Suíte Onírica, de Rafael Martini. Em 2020, Felipe assumiu as baterias de dois álbuns da cantora Mahmundi, Mundo Novo e Mundo Novo Sessão Aberta. Venceu o prêmio BDMG Instrumental em diversas categorias nos anos 2010, 2014, 2017, 2019 e 2021.
Douglas Rafael
Bacharel em percussão pela UFMG, Douglas Rafael tem atuado como convidado nas principais orquestras de Belo Horizonte como Sinfônica de Minas Gerais, Filarmônica de Minas Gerais, entre outras. Atualmente é mestrando em performance na UFMG sob orientação do professor Fernando Rocha desenvolvendo pesquisa sobre ensino e performance de percussão múltipla em Instituições de Ensino Superior brasileiras.
Duo Sofia Leandro e Bruno Santos
O duo foi criado em 2016, com vista à exploração da música original e adaptada para a formação de violino e percussão. Os dois integrantes são atualmente professores do Departamento de Música da Universidade Federal de São João del Rei. Desde 2020, o duo tem colaborado com a organização do Festival Escuta Aqui! no qual estreou peças de experientes compositores convidados, e de compositores ainda em formação, selecionados para participar do evento. O duo tem contribuído para a ampliação do repertório para violino e percussão, sobretudo através de colaborações com compositores brasileiros.
Mostra de Percussão da UFMG
A Mostra de Percussão da UFMG começou em 1999 e, até 2003, teve quatro edições de sucesso ajudando a solidificar o papel do curso e do Grupo de Percussão da UFMG no cenário musical de Minas Gerais. O Grupo realizou em 2004 um grande evento internacional, o I FIM (Festival Internacional de Música de Belo Horizonte), que apresentou mais de 20 concertos e workshops com percussionistas do Brasil, EUA, Canadá, Portugal, França, Itália e Senegal. De 2005 a 2009, em função do afastamento do coordenador do projeto (para realização de doutorado), a Mostra parou de ser realizada.
O Grupo de Percussão voltou a se organizar em 2009 e passou a participar de diversos eventos de música em Minas Gerais, pelo Brasil e, mais recentemente, no exterior (EUA e África do Sul). Em 2014, o grupo realizou a segunda edição do FIM, mais uma vez com grupos de várias partes do Brasil e da Argentina, EUA e Canadá. Em 2016 o Grupo de Percussão da UFMG retomou a realização da Mostra de Percussão da UFMG. No ano de 2019 a Mostra de Percussão deu lugar ao II Congresso Brasileiro de Percussão (www.cbpercussao.com), organizado pelo Grupo de Percussão da UFMG, no qual foi lançado o CD de comemoração dos 20 anos do grupo, solidificando o grupo como referência no cenário artístico-acadêmico nacional.
Nos anos de 2020 e 2021 a mostra foi interrompida devido a deflagração da pandemia de covid-19. Em 2022 a Mostra voltou com força total, desta vez com o tema 100 anos de Iannis Xenakis, em homenagem ao compositor grego. Foram quatro dias de concertos, estreias e primeiras audições brasileiras de obras de Xenakis, além de palestras e master-classes com convidados nacionais e internacionais.