Grupo Galpão abre amanhã o Festival de Inverno da UFMG
O Festival de Inverno da UFMG, que será aberto amanhã, 28 de julho, às 18h30 na Reitoria, campus Pampulha, terá programação gratuita de teatro, dança e música. Como primeira apresentação cultural, o evento recebe o espetáculo De tempo somos, do Grupo Galpão, às 20h.
Na solenidade também será exibido um filme sobre os 50 anos do Festival de Inverno da UFMG, do cineasta Rafael Conde, que busca traduzir para a tela o tema desta edição, Poéticas de transformação: criação e resistência. Nele, uma das idealizadoras e fundadoras do Festival, a pianista Berenice Menegale, interpreta uma composição especial de Marco Antônio Guimarães. O concerto serve de condução para uma montagem livre de imagens coletadas no acervo audiovisual de várias edições do Festival.
Na sequência o Grupo Galpão apresenta De tempo somos, um sarau literário-musical, em que músicas do repertório dos espetáculos do grupo são revisitadas. Acompanhadas de textos de diferentes autores, como Calderón de la Barca, Baudelaire, Bertolt Brecht, dentre outros, as músicas, conhecidas do público pelos espetáculos do grupo, são recontextualizadas e recordadas. Com direção de Lydia Del Picchia e Simone Ordones, o trabalho propõe ser uma experimentação que foge ao rótulo de um espetáculo, lançando aos atores do grupo o desafio da renovação, tanto no material artístico como na relação com o público.
Programação
Até o dia 5 de agosto, oficinas, minicursos, aulas abertas e apresentações artísticas ocorrem no Campus Pampulha, Conservatório UFMG (Centro), e também em espaços públicos da cidade como a Praça Duque de Caxias, no bairro Santa Tereza; Museu Giramundo (rua Varginha, 245 – Floresta) e a praça da Liberdade, no bairro Funcionários. Toda programação é gratuita.
Amanhã também é o último dia de inscrição para oficinas, minicursos e aulas abertas que podem ser feitas pelo site sistemas.ufmg.br/eventos. Apenas as aulas abertas não precisam obrigatoriamente de inscrição e os interessados podem se apresentar no início da atividade. Serão 18 oficinas, 19 aulas abertas, três minicursos, dois residências artísticas e uma oficina para idosos. Entre as oficinas que ainda têm vagas estão Palavra Falante: Uma introdução à perfomance intermídia, com o artista e pesquisador Ricardo Aleixo; e Fazendo Música, com o violonista Gilvan de Oliveira. Um dos minicursos disponíveis é Literaturas africanas e culturas: Das tradições orais às tradições escritas (período pré-colonial ao pós-colonial), ministrada pelo professor e pesquisador Felix Ulombe Kaputu, do Congo.
Os eventos culturais são abertos e estão sujeitos a lotação. A programação está disponível no site do Festival.
O objetivo do Festival, que este ano comemora 50 anos de realização, é promover a criação artístico-cultural como ação de resistência e prática de transformação social. A primeira edição foi em 1967, mas são 49 edições porque em 1980 e 1984 o evento não aconteceu.