HC-UFMG conquista mais alto selo de eficiência em UTIs pela terceira vez consecutiva
Hospital apresentou baixa permanência associada a altas taxas de sobrevida de pacientes internados na UTI do Pronto-Socorro
A Unidade de Terapia Intensiva do Pronto-Socorro do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG/Ebserh/MEC) recebeu, mais uma vez, o selo UTI Top Performer, concedido às UTIs que apresentam excelência na qualidade dos serviços. Esta é a terceira vez consecutiva que a unidade hospitalar conquista o prêmio e é a única, entre as 41 vinculadas à Rede Ebserh, a obter a certificação.
“O selo Top Performer significa o reconhecimento do esforço para atingir um patamar de excelência em assistência na medicina intensiva. Demonstra que é possível oferecer à população usuária do SUS qualidade equiparável ou melhor do que a ofertada na rede privada de saúde”, disse o coordenador do serviço de Medicina Intensiva e responsável técnico pela UTI do Pronto-Socorro do HC-UFMG, Saulo Saturnino.
Saulo, que é médico intensivista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, destacou que a conquista reflete também no âmbito do ensino e da pesquisa, já que se trata de um hospital que tem como um dos pilares o apoio à formação de profissionais da área da saúde. “Há um esforço conjunto da administração do HC-UFMG, que oferece condições adequadas para assistência da equipe multiprofissional da UTI do Pronto-Socorro. Tudo isso dentro de um ambiente em que também se realiza ensino e pesquisa”, apontou.
O selo representa alta qualidade nos indicadores de desempenho da gestão das unidades de terapia intensiva adulto e de itens como segurança do paciente. O certificado, concedido pela empresa Epimed Solutions e pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), destaca os hospitais com excelência no cruzamento dos indicadores de altas taxas de sobrevida hospitalar aliados a baixos períodos de permanência no leito ajustadas pela gravidade.
A lista, divulgada pela primeira vez no site da Amib, aponta um total de 135 hospitais contemplados, sendo 17 públicos e 118 privados, de um quantitativo de 707 participantes. “Temos notado uma melhoria progressiva na adequação dos recursos materiais e de infraestrutura, e principalmente na estruturação de recursos humanos adequados à demanda, desde que a Ebserh passou a atuar na gestão”, ressaltou o médico.
Sobre o projeto UTIs Brasileiras
Criado em 2010, o projeto tem como objetivo caracterizar o perfil epidemiológico das UTIs no Brasil e compartilhar informações que possam ser úteis para orientar políticas de saúde e estratégias, a fim de melhorar o cuidado dos pacientes críticos no País.
A lista de hospitais com UTIs contempladas com o selo “Top Performer” não é um ranking, uma vez que recebem a distinção aquelas que, no último ano, tiveram uma performance no grupo do melhor tercil, abaixo de 33,3% (as UTIs são divididas em três tercis: melhor desempenho, médio e pior) nos parâmetros mortalidade hospitalar de acordo com a gravidade e utilização de recursos, também ajustada à gravidade.
“Este projeto provê um cenário fidedigno da performance das unidades de terapia intensiva em todo o país, fornecendo transparência em métricas de utilização destes recursos de alta complexidade, e com potencial de orientar pelo benchmarking a disseminação das melhores práticas assistenciais e de gestão baseadas em dados. Foi criado em 2010, teve sua relevância sublinhada durante a pandemia de Covid-19 e tem agora consolidada a sua maturidade”, opinou Saulo Saturnino.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS), e, principalmente, apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas. Devido a essa natureza educacional, os hospitais universitários são campos de formação de profissionais de saúde. Com isso, a Rede Ebserh atua de forma complementar ao SUS, não sendo responsável pela totalidade dos atendimentos de saúde do país.
(Texto de Jacqueline Santos, com revisão de Leticia Justus | Coordenadoria de Comunicação Social do HC-UFMG)