Hospital das Clínicas UFMG celebra Dia Nacional de Combate ao Colesterol
Serviço de Telessaúde HC-UFMG: aliado para conscientização, diagnóstico e tratamento de complicações decorrentes do colesterol alto
Lembrado em 8 de agosto, o Dia Nacional de Prevenção ao Colesterol chama atenção para a necessidade dos cuidados com a saúde e a prevenção de doenças decorrentes dos níveis elevados de colesterol, este composto produzido pelo corpo humano e que é muito importante para o funcionamento do organismo. O Centro de Telessaúde (E-Saúde) do Hospital das Clínicas (HC-UFMG) da UFMG, hospital administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), dispõe de serviços especializados voltados para prevenção e tratamento de complicações decorrentes de altas taxas de colesterol, além de atuar no fortalecimento da formação de profissionais de saúde visando um melhor atendimento ao público.
A médica Clara Rodrigues Alves de Oliveira, coordenadora clínica do Centro do Serviço de Telessaúde do HC-UFMG, faz um alerta para as complicações decorrentes dos altos níveis de colesterol no sangue: “A grande questão do colesterol elevado é que ele é um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares. Ele também propicia o desenvolvimento da aterosclerose, ou seja, o entupimento dos vasos, que vai provocar o infarto do miocárdio e o AVC”.
É comum que um paciente só tenha conhecimento de algumas dessas complicações quando o problema já está instalado, pois, como afirma a médica, o colesterol elevado é assintomático. “O paciente não percebe, ele descobre essa situação quando faz o exame de sangue para dosagem do colesterol e das suas frações. O colesterol alto só vai causar sintomas quando ele estiver relacionado com algumas condições clínicas como o AVC, por exemplo”, alerta Clara.
Nesse sentido, o Serviço de Telessaúde é importante para o enfrentamento do problema, pois, através dele, é possível possibilitar o acesso a profissionais especializados para prevenção, diagnóstico e tratamento dessas complicações. “No campo das doenças cardiovasculares, a atuação da telessaúde é bastante ampla, desde realizar capacitação profissional, para que os profissionais de saúde, que atuam no contato direto com o paciente, estejam aptos para identificar adequadamente os fatores de risco para essas doenças. É muito importante fazer o diagnóstico do colesterol alto, tomar as providências e iniciar o tratamento recomendado”, destaca a médica.
No Brasil, dados do Ministério da Saúde (MS) apontam que os altos níveis de colesterol no sangue são responsáveis por pelo menos 400 mil óbitos anuais, o que corresponde a 30% de todas as mortes no país. Além disso, cerca de 40% da população adulta e 20% das crianças e adolescentes têm colesterol alto.
Estratégias do E-Saúde
A maior parte do campo de atuação do Serviço de Telessaúde do HC-UFMG se dá no âmbito das doenças cardiovasculares. O serviço é usado para informar a população, oportunizar um diagnóstico precoce, disponibilizar ferramentas para o acompanhamento e monitoramento de pacientes. “A gente tem o serviço de telecardiologia, bastante extenso no Brasil, que oferece tele eletrocardiografia para o diagnóstico das condições clínicas cardiovasculares, além de teleconsultorias com cardiologista”, informa Clara Rodrigues.
Outra estratégia do serviço é a parceria com a Secretaria de Atenção Primária à Saúde, do Ministério da Saúde, com objetivo de capacitar os profissionais da atenção básica para reconhecer e fazer o diagnóstico precoce dos fatores de risco para doenças cardiovasculares. Já no âmbito da atenção especializada, o serviço de telessaúde desenvolve um projeto com a Secretaria de Atenção Especializada, também do Ministério da Saúde, para atendimento pré-hospitalar, ou seja, juntamente com as ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o SAMU, com o foco de disponibilizar tratamento precoce em casos de doenças cardiovasculares. “O serviço possibilita um diagnóstico precoce do paciente com infarto agudo, pois a gente sabe que, nesses casos, as primeiras horas são as mais importantes para definir o desfecho, o prognóstico deste paciente. Por isso, o ideal é que o diagnóstico seja feito no atendimento pré-hospitalar, ainda dentro da ambulância, e que o tratamento seja instituído precocemente também”, destaca a especialista.