INCT em neurologia da UFMG lança segunda edição de cartilhas sobre TDAH
Material alerta para a importância do conhecimento no cuidado dos pacientes
O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Neurotecnologia Responsável (INCT NeuroTec-R) lançou, nesta quarta-feira, 20 de dezembro, a segunda edição das cartilhas Conhecendo melhor o TDAH e TDAH na escola. Com linguagem acessível e objetiva, os guias ilustrados foram produzidos por uma equipe multidisciplinar, especializada tanto no tratamento do transtorno quanto em diferentes áreas da Comunicação. O material está disponível, gratuitamente, na conta do INCT no Instagram.
De acordo com a subcoordenadora do INCT, a professora Débora Marques, o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) atinge 5,3% da população mundial. Ela explica que crianças com esse transtorno têm dificuldade de executar tarefas comuns do dia a dia e, por isso, "podem ser interpretadas como malcriadas, desinteressadas ou até pouco inteligentes". Ambientes desfavoráveis, segundo a professora, podem agravar os sintomas. “É comum que essas crianças sofram acidentes e fraturas”, acrescenta.
O diagnóstico de TDAH não é simples, segundo Débora Marques, e deve ser feito por um médico, com base em exames clínicos e neuropsicológicos. "Crianças agitadas e que se acidentam nem sempre têm TDAH", alerta.
O tratamento consiste em acompanhamento comportamental e medicamentoso, além de ajuste comportamental. "Se não tratado, o distúrbio pode evoluir para problemas que levem a grande prejuízo funcional, por toda a vida da pessoa. Um dos mais frequentes é o Transtorno Opositor Desafiador (TOD), em que o paciente tem problemas com a autoridade dos pais, da escola e da sociedade", informa a professora.
A primeira edição das cartilhas foi lançada em 2014, pelo INCT Medicina Molecular, que depois se tornou o INCT NeuroTec-R.
(Texto de Marcus Vinicius dos Santos, do Setor de Comunicação do INCT NeuroTec-R)