Iniciativas da UFMG vencem três categorias de prêmio da associação nacional de ciências sociais

Trabalhos de pesquisadores da Fafich abordam a violação de direitos de presidiários, o pensamento internacional brasileiro e a operação Lava Jato

Três iniciativas da UFMG foram premiadas na última edição do Encontro Anual da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs), que está sendo realizado nesta semana na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A UFMG venceu o Prêmio Anpocs Extensão Universitária, com o projeto Cadê os meus direitos?, do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública (Crisp), o Prêmio Anpocs Divulgação Científica em Ciências Sociais, na categoria Docente, com o projeto Eu vi o mundo, e o Prêmio Melhor Obra Científica, com o livro A política no banco dos réus: a operação Lava Jato e a erosão da democracia no Brasil.

Os projetos premiados foram desenvolvidos no âmbito de departamentos da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich). 

Conheça as iniciativas premiadas:
Cadê os meus direitos?

O projeto vencedor na categoria Extensão universitária é coordenado pela professora Ludmila Ribeiro, do Departamento de Sociologia da Fafich. Trata-se de uma iniciativa de formação destinada a mulheres cujos companheiros, pais e filhos estão privados de liberdade. 

Desde que foi criado em 2022, o curso já formou 360 mulheres de vários estados brasileiros, com financiamento da Organização Mundial de Combate à Tortura (OMCT). As aulas são gravadas e ficam disponíveis no canal do projeto na plataforma YouTube.

A equipe do Cadê os meus direitos? conta ainda com as pesquisadoras do Crisp Thais Lemos Duarte, Natália Martino, Raquel Quiroga e Maria Eduarda Leão, com a pesquisadora Bárbara Lage, do Instituto de Ciências Penais (ICP), e com Adriana Ribeiro, Maria Teresa Santos e Jennifer Santos, integrantes da Associação de Amigos e Familiares de Pessoas Privadas de Liberdade.

Eu vi o mundo
O melhor projeto de divulgação científica na categoria Docente é um canal hospedado no YouTube criado pelo professor Dawisson Belém Lopes, do Departamento de Ciência Política da Fafich, em parceria com o professor Guilherme Casarões, da Fundação Getúlio Vargas (FG-SP). Eu vi o mundo nasceu da ideia dos professores de levar o conhecimento sobre o pensamento internacional brasileiro para o público não especializado.

Desde que foi criado em 2021, o canal já entrevistou personalidades como o músico Gilberto Gil e o político Ciro Gomes. Para a escolha dos entrevistados, Dawisson afirma que ele e o professor Casarões consideram a representatividade de pessoas que passaram por diferentes locais do mundo e apresentem distintos perfis socioeconômicos, culturais, raciais e étnicos.

No banco dos réus
O vencedor do Prêmio Melhor Obra Científica foi o livro A política no banco dos réus: a operação Lava Jato e a erosão da democracia no Brasil, de Marjorie Marona, professora do Departamento de Ciência Política da Fafich, e Fábio Kerche, professor do Departamento de Estudos Políticos da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). 

Na obra, a dupla analisa, dos pontos de vista institucional, político e midiático, como a atuação da Lava Jato ultrapassou limites constitucionais, fragilizou a democracia e gerou graves consequências econômicas. Para isso, eles destrincham a operação, considerada um dos acontecimentos políticos de maior relevância nos últimos anos no cenário brasileiro, e mostram como as posições se modificaram, principalmente depois que foram descobertas diversas irregularidades nas ações jurídicas. 

(Com texto de Luana Macieira, da Agência de Notícias da UFMG)

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Assessoria de Imprensa UFMG

3134094476