Ipead/UFMG: Belo Horizonte tem quedas no custo de vida, na cesta básica e nos juros

O Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de MG (Ipead/UFMG), que celebra seu 75º ano de excelência em pesquisas aplicadas e gestão de projetos, divulga os resultados de suas pesquisas referentes a agosto. O custo de vida em Belo Horizonte desacelerou, bem como a inflação sentida pelas famílias. Também houve queda no custo da cesta básica e das taxas médias de juros. As pesquisas completas podem ser conferidas no site do Ipead.

O custo de vida em Belo Horizonte, medido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desacelerou na última quadrissemana para -0,30%. Já a inflação sentida pelas famílias de um a cinco salários mínimos, captada pelo índice de Preços ao Consumidor Restrito (IPCR), caiu para -0,59% em agosto, puxada pelo reajuste das tarifas de ônibus urbano. O custo dos produtos administrados também acumula queda, com 2,79% no mês. A alta nos preços da refeição fora de casa ajudaram a segurar a inflação de agosto. A inflação acumulada nos últimos 12 meses pelo IPCA está em 6% e pelo IPCR está em 4,90%.

A pesquisa sobre o custo da cesta básica demonstrou que os valores de Belo Horizonte passaram por uma queda em agosto de 2,10%, custando R$ 678,35. No ano de 2023, o custo da cesta básica caiu 4,66% e em 12 meses acumula alta de 1,68%. Os principais responsáveis pela queda foram o tomate (-21,21%), feijão carioquinha (-14,33%) e a batata inglesa (-12,46%).

Em relação aos juros, nove das 15 taxas médias cobradas pelos bancos nas operações com pessoas físicas no mês de agosto apresentaram queda em relação ao observado no mês anterior. Em particular, o cartão de crédito rotativo, tipo de operação com maior taxa média de juros, apresentou queda de 4,60%, atingindo assim 13,47% ao mês. Três das quatro taxas médias de juros cobradas pelos bancos nas operações com pessoas jurídicas apresentaram queda em relação ao mês anterior. Sete das oito taxas médias de juros pagas pelos bancos nas operações de captação de recursos apresentaram alta em relação ao mês anterior.

A meta da taxa Selic caiu para 13,25% ao ano, conforme deliberado na reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central realizada entre os dias 1º e 2 de agosto.

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Assessoria de Imprensa UFMG

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