Dezembro é um mês de vendas aquecidas devido às festividades de fim de ano. Segundo o Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de MG (Ipead) da UFMG, 58,10% dos entrevistados pretendem presentear alguma pessoa no Natal de 2021. Mas esse padrão está bem abaixo se comparado aos dos últimos anos. Dentre esses consumidores que pretendem presentear, observou-se que 69% pretendem gastar um valor acima de R$ 50, em média, com cada presente, mas com uma redução significativa com os gastos acima de R$ 100. Observa-se ainda que o valor médio dos presentes caiu de R$ 111,86 para R$ 86,77, uma queda de 22,43%. Seguem abaixo os destaques do mês. Os estudos completos podem ser encontrados no site do Ipead.

O mês de novembro registrou a maior queda na pretensão de compra em relação ao mês anterior (7,74%). Dentre os consumidores que pretendem adquirir bens e serviços nos próximos três meses, os destaques foram: vestuário e calçados (14,76%), móveis (9,52%) e informática/telefonia (7,14%). Outro item que registrou queda foi a situação financeira da família (6,71%). Em contrapartida, a taxa de emprego apresentou expressiva alta de 37,35%. 

Índice de Confiança do Consumidor 

Desenvolvido pela Fundação Ipead, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de Belo Horizonte é o único indicador, calculado mensalmente, que sintetiza a opinião dos consumidores em relação a diversos aspectos conjunturais capazes de afetar as suas decisões de consumo no curto, médio e longo prazo. Nesse sentido, o ICC permite ao empresário do comércio varejista mineiro avaliar as opiniões e as expectativas dos consumidores em tempo real com o objetivo de planejar melhor o seu negócio em termos de estoques, contratações, investimentos, dentre outros. 

O ICC é composto por dois grupos, o Índice de Expectativa Econômica (IEE), que apresentou alta de 9,69% em comparação com o valor do mês anterior, influenciado pela expressiva melhora na percepção dos consumidores sobre o emprego, e o Índice de Expectativa Financeira (IEF), que apresentou queda de 5,81% em comparação ao mês de outubro. 

A queda no Índice de Confiança do Consumidor foi de 0,79%, referente ao mês de novembro, resultado das entrevistas realizadas com 210 consumidores que compram, com frequência, em Belo Horizonte.

Outros destaques

O custo de vida em Belo Horizonte avançou no décimo primeiro mês do ano, com um aumento de 0,83% no mês de novembro. O resultado foi obtido a partir da pesquisa de preços dos produtos/serviços que são agrupados em 11 itens agregados, sendo os maiores destaques, em termos de variação, as altas de 1,58% para alimentação em restaurante, 1,51% para produtos administrados, 1,27% para artigos de residência e 1,01% para alimentos industrializados. No sentido oposto, destaca-se a queda de 1,15% para alimentos de elaboração primária.

O produto de maior contribuição para o aumento no custo de vida em novembro foi a gasolina, com alta de 6,56% no mês. Já a inflação acumulada nos últimos 12 meses está em 9,86%. Destaca-se que, para o ano de 2021, a meta definida pelo Conselho Monetário Nacional é igual a 3,75% e pode variar entre 2,25% e 5,25%.

O custo da cesta básica também apresentou queda em novembro (0,58%), com valor total de R$ 600,70 no mês. Os principais responsáveis por essa queda foram o tomate (7,41%), chã de dentro (1,51%) e o feijão carioquinha (2,85%).

Sobre o Ipead

A Fundação Ipead é uma entidade sem fins lucrativos, credenciada pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), como fundação de apoio à Faculdade de Ciências Econômicas (Face) da UFMG.