Leveduras líquidas desenvolvidas na UFMG chegam ao mercado

Usado na produção de cervejas artesanais, produto é o primeiro dessa natureza em Minas Gerais

Desenvolvida no Instituto de Ciências Biológicas (ICB), a tecnologia de leveduras líquidas (usada para iniciar o processo de fermentação na produção de cachaça e cervejas artesanais) passou pelo processo de licenciamento e será comercializada pela empresa Laboratório da Cerveja. O produto é o primeiro dessa natureza em Minas Gerais.

A tecnologia foi desenvolvida por seis pesquisadores do Laboratório de Taxonomia, Biodiversidade e Biotecnologia de Leveduras, do Departamento de Microbiologia. Segundo o professor Carlos Augusto Rosa, ela é de fácil execução e será fornecida sob demanda, de acordo com as características da cerveja a ser fermentada.

"Todas as linhagens de leveduras utilizadas são naturais, sem modificação genética. Esses microrganismos têm vantagens metabólicas em relação a algumas leveduras comerciais, geralmente disponíveis na forma seca ou desidratada”, acrescenta.

Novo perfil

De acordo com a bióloga Luciana Brandão, as leveduras isoladas do território nacional podem contribuir muito para a busca de um novo perfil para as cervejas brasileiras. “O resultado é possível porque elas podem ser utilizadas em conjunto com frutos, fermentadas em barris de madeiras, por meio de técnicas diferenciadas. São espécies e linhagens novas para a produção de cerveja, nunca foram usadas em escala industrial”, reforça.

Luciana Brandão afirma que as leveduras líquidas nacionais também beneficiam os produtores, pois reduzem o tempo de fermentação. “São leveduras frescas, prontas para o uso. Isso diminui o tempo de tanque e, consequentemente, os custos da produção. Além disso, elevam a qualidade sensorial da bebida, propiciando uma experiência singular aos consumidores”, informa.

O lançamento das leveduras líquidas será em abril, mas as encomendas já podem ser feitas pelos canais de comunicação do Laboratório da Cerveja

Leia a íntegra da matéria no site do ICB.

Texto de Dayse Lacerda

Fonte

Assessoria de Comunicação Social e Divulgação Científica do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG