Livro coordenado pela UFMG aborda apropriações literárias no modernismo e pós no Brasil

A Imprensa da Universidade de Coimbra acaba de lançar o livro Ser Clássico no Brasil: apropriações literárias no modernismo e pós, coordenada pela professora Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa, da Faculdade de Letras (Fale) da UFMG, professora Júlia Batista Castilho de Avellar, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), e Rafael Guimarães Tavares da Silva, doutorando do Programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos Literários da UFMG. A obra, publicada pela Série Classica Digitalia: Mito e (Re)escrita e em formato digital, está disponível para download gratuito em PDF no site da editora.

Sobre o livro

Este livro é uma amostra da recepção da tradição clássica em algumas das obras mais renomadas da literatura brasileira. Ele propõe reflexões sobre como os autores brasileiros releram e reescreveram a cultura clássica, mas de forma significativa para seu próprio contexto cultural. Evitando as armadilhas de interpretações e comparações etnocêntricas, sugere-se aqui que a sobrevivência da tradição clássica na literatura brasileira ocorre por meio do diálogo entre a reiteração da identidade e a inauguração de diferenças fundamentais. Assim, este livro objetiva apresentar alguns importantes exemplos da riqueza da literatura brasileira: obras inovadoras no uso dos elementos clássicos, a ponto de criar seu próprio universo. Com isso, pretende-se indicar as potencialidades de obras ainda pouco conhecidas e pouco estudadas mundialmente, a fim de oferecer ao público a possibilidade de ter contato com alguns dos mais importantes e influentes autores da literatura brasileira e, ao mesmo tempo, fornecer comentários e interpretações acerca dos temas principais de suas obras e de como eles exploram as obras clássicas em suas criações. Sob esse aspecto, este volume também investiga como a recepção brasileira dos clássicos se diferencia e se particulariza em relação à recepção europeia.

Autores

Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa é professora associada da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ministrando cursos na Faculdade de Letras e na Faculdade de Belas Artes/Teatro. Atua tanto na graduação quanto no Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da UFMG. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Tragédia Grega e pesquisa, principalmente, os seguintes temas: tradução, épica grega, drama satírico, mitologia, literatura clássica e outras literaturas (portuguesa e brasileira), tradição e renovação na literatura. Participou da elaboração do Dicionário Grego-Português e desenvolve trabalhos também nas áreas de Teorias da Tradução, Teoria da Literatura. Traduziu Os Icneutas, os sátiros rastreadores de Sófocles (2012), Editora UFMG.

Júlia Batista Castilho de Avellar é doutora em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG, Brasil), mestre em Estudos Literários e licenciada em Letras, Latim/Português, pela mesma instituição. Sua dissertação de mestrado foi eleita pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários (Pós-Lit/FALE/UFMG) como a melhor do triênio 2014-2015-2016, e sua tese de doutorado recebeu menção honrosa no Prêmio ANPOLL de Teses, em 2020. Atualmente, é professora adjunta A de Língua Latina, Literatura Latina e Filologia Românica no Instituto de Letras e Línguística da Universidade Federal de Uberlândia (UFU, Brasil). É coautora, com Antônio Martinez de Rezende, da tradução para o português do Diálogo dos oradores, de Tácito (2014, Autêntica), e escreveu, em coautoria com Tereza Virgínia Barbosa e Matheus Trevizam, o livro Tempestades Clássicas: dos antigos à era dos descobrimentos (2018). Seus interesses de pesquisa envolvem: latim clássico, poesia augustana, Ovídio, intertextualidade e recepção clássica.

Rafael Guimarães Tavares da Silva é doutorando em Letras Clássicas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG, Brasil), mestre em Estudos Literários e bacharel em Letras pela mesma instituição. Elaborou a monografia Uma poética de Platão, uma dissertação chamada Arqueologias do drama: uma arqueologia dramática, e atualmente desenvolve sua tese Os Estudos Clássicos na Universidade Contemporânea. Atuou como co-organizador do Seminário de Estudos Clássicos e Medievais, ligado ao NEAM (UFMG), entre os anos de 2017-2019. Atua, desde 2016, no Apoio Pedagógico da FALE-UFMG, e como editor da Em Tese, revista discente de Pós-Graduação em Letras: Estudos Literários (POS-LIT/ FALE/ UFMG). É coautor, com Heloísa Maria Moraes Moreira Penna, do livro Projeto Pedagógico do curso de Letras UFMG: Ensaios de vivências. Seus interesses de pesquisa vão da Filosofia e da História (Antigas e Contemporâneas) à Literatura, além de teoria e prática da Tradução e da Educação.

Para mais informações, acesse http://monographs.uc.pt/iuc

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Assessoria de Informação da Faculdade de Letras da UFMG

http://www.letras.ufmg.br/