Livro discute experiência da UFMG como ambiente catalisador da inovação
Juliana Crepalde, coordenadora executiva da CTIT, avalia a importância de ‘alianças estratégicas’ com outros agentes do sistema
Alianças estratégicas e os ambientes temáticos catalisadores de inovação – o caso da UFMG é o título do livro que a coordenadora executiva da Coordenadoria de Transferência e Inovação Tecnológica (CTIT) da UFMG, Juliana Crepalde, lançou na última semana em evento no Parque Tecnológico de Belo Horizonte, o BH-Tec. Na obra, a autora discute a viabilidade de novo arranjo para as instituições científicas e tecnológicas e de inovação, instrumento que aproveita suas competências em capital intelectual, tecnologias e infraestrutura de pesquisa para a colaboração com o setor empresarial. A obra foi editada e está sendo comercializada pela Appris Editora.
O arranjo foi denominado Ambiente Temático Catalisador de Inovação (ATCI), que está amparado pelo Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação e foi testado em dois casos na UFMG. “Essa obra, que nasceu no doutorado em Inovação Tecnológica da UFMG, é fruto de minha atuação na CTIT e de todo o trabalho desenvolvido nesse ambiente formado na nossa universidade, que possibilita criar arranjos inovadores para fomentar a inovação no Brasil”, destaca Crepalde.
Lacuna teórica
A obra tem oito capítulos e, segundo a autora, busca suprir uma lacuna teórica ainda existente no Brasil em relação à discussão de arranjos híbridos capazes de alavancar os resultados de inovação. O país ocupa apenas a 54ª posição na edição de 2022 do Global Innovation Index, estudo elaborado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual. “A aliança estratégica traz a possibilidade de a Universidade fomentar ambientes mais estruturantes de parcerias com outros agentes do Sistema Nacional de Inovação, como empresas, aproveitando as competências que ela tem, como capital intelectual e infraestrutura, para funcionar como plataforma para impulsionar um ambiente temático de inovação”, conclui.