Medalhistas da Olimpíada Internacional de Química foram treinados na UFMG
Quinze professores prepararam os estudantes, em quatro áreas; atividade deverá ser transformada em projeto de extensão
Os quatro representantes brasileiros na edição deste ano da Olimpíada Internacional de Química – realizada no fim de julho, na Eslováquia e na República Tcheca –, todos medalhistas, receberam treinamento no Departamento de Química da UFMG. Em março deste ano, um grupo de 16 estudantes de ensino médio, de diversos estados, foram preparados por 15 professores da UFMG, nas áreas de química orgânica, físico-química, química analítica e química inorgânica.
Os premiados foram Ivna Ferreira Gomes, Vinicius Figueira Armelin (ambos com medalhas de ouro), João Victor Moreira Pimentel (prata) e Orisvaldo Salviano Neto (bronze). Ivna, João Victor e Orisvaldo são oriundos de escolas do Ceará, e Vinicius estuda em São Paulo. No total, foram distribuídas 198 medalhas, e o Brasil, que ficou na 12ª posição, teve seu melhor desempenho no evento mundial, que é realizado há 50 anos. O país registrou melhor classificação das Américas, depois dos Estados Unidos.
Durante duas semanas, oito horas por dia, o grupo assistiu a aulas sobre tópicos avançados, de nível universitário. Além de resolver questões propostas pelo Comitê Organizador Internacional, os jovens foram desafiados por problemas elaborados pelos professores do ICEx.
Formalização
Na UFMG, os estudantes cumpriram a quinta de seis fases de treinamento da Olimpíada Brasileira de Química. É a segunda vez que a Universidade fica responsável pelo treinamento e pela seleção dos concorrentes para o evento internacional.
Segundo o professor Gilson Freitas, coordenador da equipe responsável pelo treinamento, ao lado de João Paulo Martins, existe a intenção de transformar o programa de treinamento do Projeto Olimpíadas, do Departamento de Química, em projeto de extensão. As atividades seriam abertas a estudantes de escola públicas e particulares.
Desde 2008, o departamento coordena a Olimpíada Mineira de Química (OMQ). De acordo com Gilson Freitas, os estudantes mineiros têm demonstrado talento, e os resultados tendem a melhorar com a consolidação da OMQ e o maior engajamento das escolas e da comunidade de químicos na formação dos jovens. “É preciso estimular mais as escolas em todas as cidades mineiras a participar das Olimpíadas, desde as etapas iniciais, que visam à seleção dos representantes escalados para as competições nacional e internacional”, afirma o professor.