Mesa com curadores de exposições e oficinas de zines e tipografia são destaques do Festival de Inverno UFMG nesta quinta
Artistas e curadores das exposições realizadas durante a 55ª edição do Festival de Inverno da UFMG se reunirão para uma conversa sobre emergências e insurgências na perspectiva da estética, da política e da cultura, nesta quinta-feira, 20 de julho de 2023, no auditório do Centro Cultural UFMG.
Integrarão a mesa o diretor do Centro Cultural UFMG, Fabrício Fernandino, a artista Shirley Paes Leme, a escritora Lucia Castello Branco, o mestre em Antropologia Edgar Kanaykõ Xakriabá e a curadora Paula Borghi.
Zines e tipografia
Duas oficinas começam nesta quinta-feira. Na Zine: afeto e resistência, ofertada pelo Núcleo Educativo do Centro Cultural, será apresentada a história dos zines no Brasil e no mundo, seus formatos, modelos, tiragem e impressão. Os participantes terão a oportunidade de desenvolver sua criatividade construindo seus próprios zines. Eles poderão utilizar processos de criação e reprodução como carimbo, colagem, pintura, xilogravura, desenho, encadernação e impressão.
Em Edição de poesia em tipografia, será apresentada uma introdução da história e dos usos da tipografia. Os inscritos aprenderão sobre as possibilidades atuais da linguagem e as técnicas dos tipos móveis para criação e edição de poesia em tipografia. Eles também farão o planejamento, a composição e a impressão da produção realizada durante as atividades da oficina.
Exposições
Durante todo o Festival, estarão abertas para visitação cinco exposições, sendo três no Centro Cultural, uma no saguão da Reitoria e outra no Espaço do Conhecimento. Todas têm entrada gratuita e são abertas ao público. Shirley Paes Leme é a autora dos trabalhos expostos em Respiração, que trata da relação dos filtros de ar-condicionado com a respiração. Em Carta aos escritores do meu ramo, Lucia Castello Branco reúne cartas que trocou com a escritora portuguesa Maria Gabriela Llansol, além de seus manuscritos e publicações.
Edgar Kanaykõ Xakriabá assina a exposição Marco ancestral, com fotografias que trazem o olhar indígena para a universidade e para os espaços de arte da cidade. Culturas de resistência – Substratos transformadores, com curadoria de Fabrício Fernandino e Mateus Souza, reúne desenhos, pinturas, gravuras, manuscritos, registros audiovisuais, fotolitos, instalações, objetos artesanais, sites interativos, podcasts, fotografias e publicações dos acervos da universidade que evocam a noção de resistência cultural. Mundos indígenas, no Espaço do Conhecimento, apresenta a história dos povos indígenas pelo olhar de curadores indígenas dos povos Yanomami, Ye’kwana, Xakriabá, Tikmῦ’ῦn (Maxakali) e Pataxoop.