Mostra de fotografias no Centro Cultural UFMG propõe reflexões sobre a transexualidade
O Centro Cultural UFMG promove a abertura da exposição TransLuz – Outras Expressões Femininas, do fotógrafo Wagner Pina, na sexta-feira, 3 de maio, às 19h. A mostra faz um levantamento sensível e visibilizador das identidades femininas de travestis e transexuais e poderá ser vista até 30 de junho. Entrada gratuita. Classificação: 18 anos.
Apropriando-se de um dos grandes temas da fotografia e das artes visuais, a exposição fotográfica apresenta ensaios de nu artístico, levantando questionamentos acerca da identidade e visibilidade, bem como da valorização e inclusão de um grupo historicamente discriminado. A comunidade LGBT - lésbicas, gays, bissexuais e trans (travestis, transexuais e transgêneros) - tem sido marginalizada e o silenciamento desses grupos e dos indivíduos que os compõem, em especial os da sigla T, gera preconceito.
A arte atua como um importante mecanismo de quebra de paradigmas socioculturais e nesse sentido temos diversos exemplos, como Diane Arbus, Pierre Verger, Sebastião Salgado, dentre outros que deram vida com dignidade aos excluídos em suas fotografias. Dessa forma, o projeto TransLuz tem como fundamento e inspiração a arte enquanto transformação social, capaz não apenas de democratizar o acesso à cultura, como também de promover uma conscientização sobre as minorias. Em maio é celebrado o Dia Internacional de Combate a LGBTfobia e o fotógrafo, atento a essas questões, nos convida a rever conceitos e a refletir sobre a necessidade de uma sociedade mais acolhedora e justa socialmente.
Iniciado em 2013 de forma independente, atualmente o projeto reúne mais de 25 mulheres fotografadas de vários estados brasileiros, como Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Pará, Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Sergipe, Alagoas e Maranhão.
Wagner Pina
Pernambucano/paraibano, fotógrafo, diretor de TV e multiartista, Wagner Pina trabalha nas artes visuais com exploração do cotidiano, da sexualidade, do gênero, da tecnologia e das causas sociais. Sua poética aborda visibilidade e política para minorias e registros históricos em um dado recorte temporal. No cinema trabalha com still e roteiro e em 2012 lançou seu primeiro curta-metragem como diretor, intitulado 30 Segundos. Já teve fotografias publicadas em jornais como Folha de São Paulo e Jornal Nacional e revistas de fotografia e artes como Woof Magazine, Sanatório Geral e Blecaute.