Mostra sobre perspectiva lésbica no audiovisual independente tem sessão única no Centro Cultural UFMG
Nesta sexta-feira, 15 de setembro, às 19h, o Centro Cultural UFMG recebe a mostra A perspectiva lésbica no audiovisual independente, elaborada pela LIFA Arte, em parceria com a Fanchecléticas, que selecionou quatro curtas-metragens para a sessão. Após a exibição dos filmes haverá um bate-papo mediado pelos dois coletivos, trazendo à tona vivências e desafios de mulheres lésbicas no universo da produção audiovisual. O evento integra o projeto CineCentro, tem a entrada gratuita e a classificação indicativa de 14 anos.
Filmes que abordam a sexualidade desempenham um papel fundamental na sociedade contemporânea, incentivam discussões sobre igualdade e inclusão, suscitam mudanças sociais e culturais, além de empoderar as comunidades sub-representadas.
Relevante e urgente, o debate sobre a perspectiva lésbica na produção audiovisual independente abre espaço para vozes frequentemente negligenciadas, permitindo que histórias, experiências autênticas e diversas ganhem visibilidade.
Para essa mostra audiovisual foram selecionados os curtas-metragens Desalinho e 3 Luas, produzidos pelo grupo artístico LIFA Arte, assim como A rua e o rio e Sapatão: uma racha/dura no sistema, desenvolvidos pela Fanchecléticas Coletiva. Os filmes passeiam por diferentes linguagens, evidenciando a multiplicidade de perspectivas de criação dos dois grupos.
As obras normalizam a diversidade sexual, ampliando a compreensão e aceitação de diferentes sexualidades, reunindo narrativas que estimulam o diálogo e expandem a conscientização sobre identidades diversas. Desafiando os estereótipos de gênero, essas produções instigam reflexões e propõem empatia e tolerância.
Sinopses dos filmes:
A rua e o rio – (Drama, 2020, Brasil. Direção: Denise Lopes Leal, 16', livre)
Elas estão à margem. Nos contornos, nas favelas, nos becos e vielas. Mapeando o invisível. Buscando o (des)conhecido. Elas estão à margem, fora ou dentro do mapa. Elas mudam qualquer planta de lugar. A terra. A rua. Cadê o rio que estava aqui? O asfalto comeu.
Desalinho – (Drama, 2021, Brasil. Direção: LIFA Arte, 23', livre)
Determinada a ingressar na universidade, Tereza começa a trabalhar em uma confecção de roupas. Lá conhece Maria Júlia, filha da proprietária da empresa. A partir de então, a jovem se vê diante de conflitos acerca das constantes questões relacionadas à desigualdade social e a própria sexualidade.
Sapatão: uma racha/dura no sistema – (Drama, 2020, Brasil. Direção: dévora mc, 11', 10 anos)
Por que estamos tão cansades? Uma entregadora por aplicativo responde. Em sua última postagem: um desabafo e uma despedida. Um corpo vivo, uma sociedade em colapso. Uma corpa que tenciona a cidade. Rompe com padrões. Cria racha/duras. Sapatão guarde este dia com carinho.
3 Luas – (Drama, 2021, Brasil. Direção: Lara Pires, 10', 14 anos)
Medeia está prestes a matar os seus filhos por vingança. Átropos, determinando o fim da linha da vida das crianças, reflete sobre o sofrimento da mulher diante do peso do destino. Lilith, estimulando Medeia a cometer a atrocidade, partilha a revolta da submissão, aflorando o lado obscuro do feminino.
Sobre os coletivos
A LIFA Arte é um coletivo de artistas independentes que se dedica ao teatro e ao audiovisual. Fundado em janeiro de 2021, no Triângulo Mineiro, tem sua potência ligada às múltiplas vivências e formações de seus membros e ao desejo de produzir de forma descentralizada no estado de Minas Gerais.
A Fanchecléticas Coletiva fomenta presenças plurais nas artes. Atua no eixo sociocultural da Associação Artes Sapas propondo visibilidade e valorização de artistas que atuam de forma direta no campo da diversidade de gênero. Pretendem ser referência como coletiva de artes LGBTQIAPN+ no Brasil.
Classificação indicativa: 14 anos
Entrada gratuita