Na quarta-feira, dia 14 de março de 2018, às 19h30, o projeto Música & Poesia e o Centro Cultural UFMG recebem a Nenhuma Cia de Teatro com a apresentação da peça teatral Absurdos. A entrada é gratuita. O Centro Cultural UFMG fica na Av. Santos Dumont, 174, esquina com Rua da Bahia. Mais informações podem ser obtidas pelo site www.ufmg.br/centrocultural ou pelo telefone (31) 3409-8290.

“O autoritarismo é endêmico no Brasil, assim como as próprias epidemias que têm nos assolado. Ora somos oprimidos, ora nos surpreendemos no papel de opressores.” Classificada pelos atores como uma brincadeira cênica, Absurdos é uma coletânea de cenas livremente inspiradas no Teatro do Absurdo, construídas a partir de princípios da dança e do improviso, mesclada com jogos dramatúrgicos. Os jogos de cena tentam chamar atenção para o nosso modo de viver, a banalização do mal, a ausência de comunicação, a monotonia da rotina e a relação com o espaço e com o outro. A cena acaba se transformando em um território-surpresa, que busca estabelecer uma relação entre o real e a distopia.

A Nenhuma Cia de Teatro surgiu em 2015 no Teatro Universitário da UFMG. O grupo já desenvolveu os trabalhos: Os Nenhuns (2015), com orientação de Denise Pedrón; Arrabalde (2016), fruto de criação coletiva; Cont-Ação (2017), com orientação de Helena Mauro, A Madame (2017), com orientação de Maria Clara Lemos - que já foi apresentada nos festivais Cenissímas, A-Mostra-Lab/2017 e 3º Curta Teatro de Sete Lagoas. Desenvolvido de maneira coletiva, Absurdos (2018) é o mais recente trabalho da companhia. A Nenhuma Cia de Teatro é formada por Dê Jota, Djalma Ramalho, Letícia de Cássia, Lucas Prado e Thalis Bispo.

Dê Jota (Lucas de Jesus Torres) é ator formado pelas escolas de teatro da ZAP18 (2013) e Teatro Universitário da UFMG (2017), onde formou com as peças  Escola de Opressão e Os Negros, respectivamente. Possui formação em balé clássico pelo Núcleo de Dança Tatiana Figueiredo, onde dançou por cinco anos (2012). Além disso, possui formação em dança contemporânea pela Academia de Dança Arte Minas, onde dançou por dois anos (2015). Atua como pesquisador e locutor do projeto de extensão da UFMG Teatro no ar, vinculado a Rádio UFMG Educativa. Atuou como ator na A Mostra Lab #6 (2017), Festival de Cenas Curtas - Ceníssimas (2017) e 3º Festival de Cenas Curtas de Sete Lagoas (2017) com a cena curta A Madame. Desde 2016 faz parte da Nenhuma Cia de Teatro como ator, produtor e figurinista.

Djalma Ramalho Gonçalves é um artesão cuja atuação se divide entre o teatro, a música e a poesia (escrita e visual). Atuou em diversos espetáculos como ator e cantor, entre eles: Maria Lira, dirigido por João das Neves; Caso do Vestido, com direção de Luciano Silveira e Os Negros, com direção de Rogério Lopes. Começou sua carreira se inspirando nas manifestações de cultura popular do Vale do Jequitinhonha e pesquisando a sonoridade do sertão de Minas Gerais. Recebeu prêmios de Melhor Poesia no Festivale 2014; Melhor Intérprete no Mucuriarte 2015 (com César Macedo) e Festivale 2016 (solo); Melhor Single no MALOCA INÉDITAS 2016 e Prêmio Leda Maria Martins de Artes Cênicas Negras 2017, pelo espetáculo Abena. Já apresentou suas músicas autorais na A Autêntica, no Teatro Santo Agostinho, no projeto Caixa Acústica e no palco externo do Festivale 2017. Recém-formado no Teatro Universitário da UFMG, atualmente trabalha na produção de seu primeiro EP autoral, que propõe a mistura da regionalidade do vale com a urbanidade da capital mineira.

Letícia de Cássia Magalhães Avelar é atriz formada pelas escolas de teatro da PUC-MG (2014) e Teatro Universitário da UFMG (2017), onde formou com as peças Encontros Diários e A Cerimônia, respectivamente. Possui graduação na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em Licenciatura Língua Portuguesa (2016). Atuou como Professora de Gramática da Língua Portuguesa no Centro de Extensão da Faculdade de Letras da UFMG e como Professora de Português para estrangeiros na Escola Viamundi Idiomas. Atuou como atriz na A Mostra Lab #6 (2017), Festival de Cenas Curtas - Ceníssimas (2017) e 3º Festival de Cenas Curtas de Sete Lagoas (2017) com a cena curta “A Madame”. Desde 2015 faz parte da Nenhuma Cia de Teatro como atriz e produtora executiva.

Lucas Guimarães Ramos do Prado é ator formado pelas escolas de teatro Arena da Cultura (2014) e Teatro Universitário da UFMG (2017), onde formou com as peças Espetáculo Sly e A Cerimônia, respectivamente. Atualmente exerce a função de estagiário em nível superior junto a Fundação Municipal de Cultura da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte - Arena da Cultura. Atuou como ator na A Mostra Lab #6 (2017), Festival de Cenas Curtas - Ceníssimas (2017) e 3º Festival de Cenas Curtas de Sete Lagoas (2017) com a cena curta A Madame. Desde 2016 faz parte da Nenhuma Cia de Teatro como ator e produtor.

Thalis Eduardo Bispo da Silva é ator formado pelas escolas de teatro Valores de Minas (2014) e Teatro Universitário da UFMG (2017), onde formou com as peças Delírio e Os Negros, respectivamente. Recentemente pesquisou a relação do ator com o espaço público e seus habitantes, no decorrer dos ensaios e apresentações realizados pelo Teatro&Cidade, coordenado pelo prof. Rogerio Lopez. Atuou como ator na A Mostra Lab #5 (2016), 18º Festival de Cenas Curtas (2017) e Festival Internacional de Teatro (2016), com as apresentações de Material, Tragédia Carnavalizada e Les Girrafes Opérette Animalière, respectivamente. Desde 2016 faz parte da Nenhuma Cia de Teatro como ator e operador de luz.

Projeto Música & Poesia 

O projeto Música & Poesia promove encontros de artistas, apresentações musicais, recitais, contação de histórias, performances, peças teatrais e toda iniciativa que de alguma forma se relacione às artes verbais e performáticas. É voltado para a comunidade em geral e acolhe as manifestações artísticas de pequeno porte (pois é realizado no hall de entrada do andar superior do prédio) promovendo o exercício do canto, da poesia, da música, do teatro, da performance e da expressão corporal de forma intimista no centro da cidade. Propicia a divulgação dos trabalhos inéditos ou ainda pouco divulgados de atores, músicos, poetas ou daqueles que, sem título que lhes caiba, se misturam e transitam por ambos os caminhos. Aos que permitem o toque do som e da palavra, o Centro Cultural UFMG declara que as portas estão abertas. Sempre às quartas-feiras, às 19h30. O Centro Cultural UFMG fica na Av. Santos Dumont, 174, esquina com Rua da Bahia.