Novembro Negro da UFMG tem extensa programação com o tema Ancestralidade e coletividade: aquilombar para permanecer
A UFMG chega à sexta edição do Novembro Negro com o tema Ancestralidade e coletividade: aquilombar para permanecer. Neste ano, o evento reverencia o processo de aquilombamento acadêmico e político das pessoas negras que resistiram ao racismo estrutural possibilitando reinvenções e ressignificações da existência humana.
A organização do Novembro Negro destaca que foi cultivada no passado a possibilidade de narrativas afirmativas, potencializadoras e emancipatórias sobre a negritude, cultivada no passado por mãos negras que possibilitaram a luta presente e o sonho futuro. Docentes, técnico-administrativos em educação, trabalhadores terceirizados e pesquisadores serão lembrados e reverenciados quanto à sua contribuição no ensino, pesquisa e extensão e nas atividades necessárias para que a UFMG seja reconhecida pela sua excelência.
A programação está repleta das mais variadas atividades ao longo de todo o mês de novembro, como exibições de obras e filmes, contação de histórias, jogos e brincadeiras africanas, exposições, oficinas, rodas de conversas, lives, apresentações artísticas, seminários, homenagens, entre outras, reunidas no site oficial do evento, onde ainda é possível o cadastro de novas atividades pela comunidade acadêmica.
História do Novembro Negro
Novembro é o mês da consciência negra, momento importante para se refletir sobre temas como o racismo, o direito à diferença e a valorização das raízes afro indígenas. Pensando nisso, desde 2018, as instâncias, entidades e coletividades da UFMG confluem esforços para a construção coletiva de uma agenda única de eventos, propostos pela comunidade acadêmica. O objetivo principal é promover o senso de pertencimento à Universidade, celebrando a negritude e impulsionando reflexões acerca das relações raciais e, portanto, dialogar sobre as relações e (des)privilégios estabelecidos entre grupos raciais de negros, brancos e indígenas.
O Novembro Negro de 2018 teve como tema Reflexões e práticas sobre ser negro; em 2019, o evento girou em torno do tema Aquilombar-se em tempos de luta; já em 2020, o mote foi Orgulho de ser: enegrecer para renascer; em 2021, a temática escolha foi Corpos e vozes que se afirmam, a última edição, em 2022, teve como tema Permanecer para Avançar.