Obras de construção do novo edifício do BH-TEC na UFMG começam em 2017
O novo edifício do Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC), que vai capacitar o complexo para receber novas empresas e dar um salto em sua escala de atuação, deve ter obras iniciadas ainda neste ano.No fim do ano passado, foi anunciado o consórcio vencedor da licitação realizada para o empreendimento: o edifício será construído por meio de parceria entre a PHV Engenharia (líder do consórcio), a Codemig Participações e a HET Construções e Participações. Os últimos trâmites burocráticos estão sendo cumpridos para que as obras possam começar.
Com 16 mil metros quadrados, nas proximidades do campus Pampulha, o novo prédio será erguido ao lado do edifício institucional do BH-TEC, em operação desde 2012. A previsão de investimento total no empreendimento é de aproximadamente R$ 60 milhões. As obras devem ser concluídas em até dois anos.
Construir, operar e transferir
O BH-TEC é o primeiro parque tecnológico no Brasil a realizar a sua expansão seguindo um modelo de investimento imobiliário denominado BOT (Build, Operate and Transfer). Nele, o edifício construído passa a ser propriedade da UFMG após a construção. A Universidade é dona do terreno em que o BH-TEC foi instalado.
O BH-TEC terá a concessão de operar o prédio por 30 anos, contados a partir da data de obtenção do alvará de construção. Após esse período, a posse é transferida à Universidade em definitivo, que passa a auferir integralmente a renda do aluguel do prédio.
O reitor da UFMG, Jaime Ramírez, saudou a iniciativa e parabenizou a equipe do BH-TEC pelo resultado alcançado. "Com as novas instalações, que serão erguidas a partir de um modelo de financiamento que não impacta o orçamento público, o BH-TEC vai ampliar suas atividades e oportunidades para os empreendimentos de base tecnológica. É, realmente, um resultado muito importante", afirma.
O dirigente da Universidade também destacou o papel do governo estadual, por meio do Banco do Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), instituição responsável pelo modelo de licitação. "Parcerias institucionais como esta são importantes para assegurarmos projetos duradouros", completa.
Ronaldo Pena, diretor-presidente do BH-TEC, reitera que o modelo BOT abre as portas para que parques tecnológicos de todo o país possam resolver suas questões imobiliárias sem onerar os orçamentos públicos, na medida em que cria mecanismos para a participação da iniciativa privada em seus empreendimentos. “Este primeiro negócio em um parque brasileiro vai descortinar para o setor imobiliário o grande potencial dos parques tecnológicos”, afirma o diretor-presidente.
O presidente do BDMG, Marco Aurélio Crocco, que é também o presidente do Conselho de Administração do BH-TEC e professor da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG, enfatiza o apoio do banco à expansão do Parque.
“Tendo condição de receber mais empresas, poderemos reformular a estratégia do Parque. O BDMG tem o objetivo de ser conhecido como o banco da inovação em Minas Gerais, e seu apoio ao projeto de expansão reforça essa característica e a relevância da relação do BH-TEC com Minas Gerais”, afirma.
Sobre BH-TEC
Inaugurado em 2012, o BH-TEC abriga atualmente 17 empresas de base tecnológica, a Associação Nacional de Empresas de Biotecnologia e Ciências da Vida (Anbiotec) e três centros de tecnologia da UFMG: CT Nanomateriais de Carbono, CT Web e CT Vacinas.
Conforme dados do próprio parque, essas empresas lançaram 182 novos produtos ou serviços e 69 novos processos ao longo dos seus primeiros quatro anos de operação. Toda essa atividade resultou em um faturamento de mais de R$ 229 milhões e em um investimento de mais de R$ 23 milhões em Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (P&D).