Oficina 'Do tambor ao sampler a pele vibra' abre Novembro Negro UFMG
Atividade acontece hoje, às 17h, com o artista Gil Amâncio
A oficina Do tambor ao sampler a pele vibra abre hoje, 8 de novembro, a partir das 17h, a programação de mais uma edição do Novembro Negro na UFMG. A oficina será ministrada pelo artista Gil Amâncio, mestre de saberes tradicionais, com transmissão pelo canal da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) na plataforma YouTube.
Africanas e africanos que cruzaram o Atlântico – escravizados ou não – carregavam em seus corpos os códigos sonoros e cinéticos que guardavam os conhecimentos ancestrais necessários à manutenção de suas vidas e das novas gerações. Quando tocavam tambores, cantavam suas canções e dançavam, “esses corpos criaram nas Américas a modernidade afrodiaspórica, territórios de invenção e cura nos quais a pele vibra”, explica Gil Amâncio.
O Novembro Negro é promovido por vários coletivos negros da UFMG, com suporte da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae).
O artista
Natural de Belo Horizonte, o artista multimídia Gil Amâncio iniciou sua carreira em 1976 como ator e músico, estudou dança, trabalhou como preparador corporal para espetáculos de teatro e compôs trilhas sonoras para espetáculos. Um dos fundadores da Cia SeráQue? junto com Rui Moreira e Guda, integrou o coletivo Black Horizonte, onde desenvolve projetos de dança negra contemporânea. É coordenador do Núcleo Experimental de Arte Negra e Tecnologia (Nega) em que investiga as relações entre corpografia e musicalidade nas danças negras contemporâneas e o uso das tecnologias digitais de áudio e imagem nos processos de composição coreográficos. É um dos idealizadores do Festival de Arte Negra (FAN), considerado um dos eventos mais importantes sobre produção artística negra fora do continente africano.