Óperas de Mozart montadas na Escola de Música da UFMG estreiam nesta semana
Duas óperas compostas em períodos diferentes da vida do austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) foram montadas na Escola de Música e estreiam na próxima semana. Trata-se de Bastião e Bastiana, escrita ainda na infância, e O empresário, concebida já na maturidade do compositor.
A primeira apresentação será na quarta-feira, dia 24 de maio, às 18h30, no âmbito da Série VivaMúsica, e a segunda, no dia seguinte, 25 de maio, às 19h. Ambas serão apresentadas no Auditório Fernando de Mello Vianna da Escola de Música, campus Pampulha. A entrada é gratuita, sujeita à disponibilidade de lugares.
A montagem é resultado de projeto acadêmico da Escola de Música, que prevê a realização anual de um espetáculo operístico.
As óperas
Bastião e Bastiana foi escrita em 1768, quando Mozart tinha apenas 12 anos. Bem recebida pelo público da época, o trabalho impulsionou a carreira do jovem músico. A ópera conta a história – ambientada na zona rural da Áustria no século XVIII – de dois adolescentes enamorados
Na trama, a pastora de ovelhas Bastiana desconfia que seu amado Bastião está apaixonado por uma jovem da cidade grande. Preocupada em perder seu grande amor, ela procura os conselhos do mago Colas, um adivinho trapaceiro que vai tentar ajudar na reconciliação do casal.
O empresário, originalmente intitulada O empresário teatral, é uma obra de Mozart que estreou em 1786, encomendada pelo Imperador da Áustria. Foi encenada pela primeira vez no Castelo de Schönbrunn, residência de verão da família imperial vienense. O próprio Mozart atuou no espetáculo, interpretando o empresário.
O texto original narra a história de um empresário teatral cansado e desiludido, com dúvidas artísticas e comerciais. Entre os diversos atores que disputam um lugar e melhor salário no elenco, duas cantoras se apresentam para o empresário, na expectativa de conseguir o posto de prima-dona da companhia artística.
Direção e elenco
Com direção geral do professor André Cavazotti e direção musical do maestro Lincoln Andrade, o espetáculo conta, ainda, com Rodrigo Antero (preparação corporal), Luiz Dias (concepção, cenários e coordenação de figurinos), Luisa Bahia, que ministrou workshop sobre presença cênica aos músicos e atores, Akner Gustavson (iluminação) e Gabriela Dominguez (maquiagem), entre outros profissionais das artes em Minas Gerais.
Também participam da montagem os alunos de dança do Cefart/Palácio das Artes, os músicos da Orquestra Sinfônica da Escola de Música da UFMG, além de alunos de canto, regência e instrumentos da Unidade.
O espetáculo tem o apoio da Diretoria de Ação Cultural (DAC), da Coordenadoria de Assuntos Comunitários (CAC), da Pró-Reitoria de Extensão (Proex) e do Sindicato dos Trabalhadores nas Instituições Federais de Ensino (Sindifes).