Pesquisa da UFMG avalia o cenário enfrentado por profissionais das técnicas radiológicas durante a pandemia

Uma pesquisa da Faculdade de Medicina da UFMG vai avaliar o impacto da pandemia no cenário das técnicas radiológicas – que envolve profissionais da saúde (na área médica e odontológica), da educação (cursos técnico e tecnólogo em radiologia) e da radiologia forense. O formulário está disponível até novembro, mês marcado pelo Dia Internacional da Radiologia (8 de novembro, data da descoberta dos raios-X).

Segundo os pesquisadores, as atividades profissionais da radiologia na saúde – tanto médica quanto odontológica – e da radiologia forense tiveram seus protocolos alterados e demandas aumentadas. Na educação, professores e estudantes foram impactados com a mudança dos cursos presenciais da radiologia (técnico e tecnólogo) para o ensino remoto emergencial e/ou híbrido. “Precisamos compreender o que foi e como está sendo este momento para a radiologia”, aponta a professora da Faculdade de Medicina da UFMG, Críssia Paiva.

O formulário traz perguntas sobre a percepção e vivências dos profissionais durante a pandemia e leva 15 minutos para ser preenchido. As respostas serão analisadas de forma anônima e sigilosa. A participação é voluntária, sem custos. O projeto é conduzido pelos professores do Departamento de Anatomia e Imagem (IMA), Críssia Paiva (pesquisadora responsável), Rodrigo Gadelha e Luciana Batista.

Apesar dos exames de imagem desempenharem papel central no controle clínico da covid-19, os profissionais tiveram dificuldades em acesso a equipamentos de proteção e à prioridade na vacinação. “Entre as lutas da radiologia, durante a pandemia foi necessária uma mobilização para inclusão dos profissionais das técnicas radiológicas na prioridade das vacinas, no recebimento de EPI’s [Equipamento de Proteção Individual] e no reconhecimento como profissional da saúde no enfrentamento da pandemia. Precisamos consubstanciar as pautas da radiologia com dados e acreditamos que a pesquisa permitirá isso, através da escuta do profissional e da coleta de dados institucionais”, segue a professora do IMA. 

São coparticipantes da pesquisa o Conter, o Conselho Regional de Técnicos em Radiologia de Minas Gerais (CRTR 3ª Região), o Hospital das Clínicas da UFMG, o Hospital Risoleta Tolentino Neves, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFB), o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), a Faculdade de Tecnologia do Amapá (META), a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), o Instituto Geral de Perícia do Estado do Rio Grande do Sul e o Instituto Médico Legal (IML) de MG, por meio do Serviço de Antropologia Forense.

A partir de dezembro haverá coleta de dados institucionais nos cenários de maior impacto na pandemia. Hospitais, clínicas, IML’s, e instituições de ensino serão convidadas a participar da pesquisa, a partir da anuência de coleta de dados. Também haverá coleta no sistema Conter/CRTR. “Já no primeiro semestre de 2022, haverá coleta de relatos de casos de profissionais que foram acometidos pela covid-19, para promovermos esta escuta mais individualizada, mas, também, mais detalhada, para compreendermos um pouco mais a dimensão desta experiência”, completa a professora.

Saiba mais sobre esta pesquisa no site da Faculdade de Medicina da UFMG.

Assessoria de Imprensa UFMG

Fonte

Centro de Comunicação Social da Faculdade de Medicina da UFMG

http://www.medicina.ufmg.br/